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[OP] Blood Must Have Blood

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Mensagem por Dionísio Sex Abr 17, 2015 12:16 am

1. Narração


Os deuses eram gregos, mas o cenário era romano. Sem muita frescura, todos se reuniam ao redor do anfiteatro, presenciando vários filhos de Ares agredindo um jovem garoto. Seus braços estavam presos numa guilhotina, assim como sua cabeça. O socavam na barriga, fazendo o jovem 'voar' para trás. Dionísio observava tudo sentado numa grande poltrona de pedra, gargalhando. Esperou muitos gemidos de dor do garoto até se levantar e colocar ordem no local.

- Parem agora, diabinhos. - ele dizia, levantando a palma de sua mão e fazendo um sinal de 'pare'.

Dionísio trajava sua camiseta preferida: uma camiseta havaiana laranja de festa na praia. Usava também uma bermuda de surfista - que vê diz que sabe surfar. Sua voz soava séria, apesar de sua face avermelhada não colaborar com tal situação.

- Se vocês realmente querem um julgamento, teremos um julgamento. - Dionísio se levantava da poltrona, ajeitando sua roupa e caminhando em passos curtos e rígidos até o jovem da guilhotina - Você merece muito mais do que levou. - dizia, levantando o rosto quase morto do garoto e socando fortemente, gerando gritos de surpresa do público ao redor - Você foi pego em flagrante com o corpo de minha filha. Você a segurava com seu braço direito enquanto apertava uma adaga com o esquerdo. Você merece morrer, você merece sofrer. Milena Bortandelli não merecia o destino que teve, mas você merece o que vai ter. - ele parecia muito irritado, socando o jovem mais duas vezes, repetindo o ritual anterior.

Soltava um longo suspiro irritado, chutando as pernas do rapaz e sendo afastado por outros de seus filhos, que aconselhavam o pai a parar. Quíron não estava por perto, mas logo apareceria. Os barulhos eram chamativos, não havia escapatória. O clima tenso predominou no local por alguns instantes. Eram choros, gritos e barulhos de fúria, tudo junto e misturado. Tal clima só fora quebrado quando Dionísio voltara a falar, fazendo um pedido a conselho de seu filho.

- Eu quero um justiceiro da deusa da justiça. Eu quero que ele julgue este filho da mãe e o mate. Tolo seja Hades por ter colocado um idiota desses no mundo.

2. Situação


Valentin Maximoff
PV: (420/420)
PM: (420/420)
PR: (420/420)

3. Off-Game

-> 48 horas para postar.
-> Coloque seus equipamentos, armas, pets e afins em um SPOILER no final do post.
-> Qualquer dúvida MP, Chat ou Skype (angpeete).
-> Eu vou deixar essa missão bem liberal pra você, certo? A base foi dada. Esse jovem, filho de Hades, foi encontrado com o corpo de uma filha de Dionísio no chalé de Hécate (sim, no chalé de Hécate). Desde o momento em que ele foi encontrado, não falou nenhuma palavra. Fora agredido por vários filhos de Ares, filhos de Dionísio e pelo próprio deus. Está sangrando muito, muito fraco. Dionísio está furioso. Desenvolva o caso como bem entender. Quero que me surpreenda. Seja sensato e leve em consideração toda a tensão e fúria do local. Boa sorte.

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r
a
d
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Deuses
Deuses
Dionísio
Dionísio
Título : Deus.
Fama : Bêbado.

Idade : 1024

Ficha do personagem
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PM:
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https://www.youtube.com/user/cueiozumbi

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[OP] Blood Must Have Blood Empty Re: [OP] Blood Must Have Blood

Mensagem por Valentin Maximoff Sáb Abr 18, 2015 12:23 am

Valentin Maximoff
18 years
I'm a sociopath!
Die, Bitch!
Cold Case
O dia era como outro qualquer no Acampamento. O sol brilhava, trazendo um calor não tão maçante, mas ainda assim, um que me fazia desejar ter sido morto por aquele monstro que me atacara antes de eu descobrir o lugar. Poucas nuvens no céu, essas estavam longe de ameaçar chuva, já que por algum motivo, não chovia no acampamento. E, como em qualquer outro dia, eu estava na minha, treinando um pouco perto da floresta, onde eu tinha paz e sossego.

Aquele era um bom lugar para ficar, quase ninguém se aventurava por ali e os poucos que se aventuravam, não iam lá para me incomodar, normalmente estavam apenas de passagem. Normalmente.

Enquanto girava a espada em minha mão, atacando alguns troncos de árvore que tomavam o papel de inimigos, sinto que algo está errado. Um frio percorre minha espinha e automaticamente fecho os olhos e me abaixo, colocando a mão no chão. Ouço ao longe um tipo estranho de galopar, vindo – segundo as vibrações na terra – de meu lado direito.

Fico em alerta, com a espada empunhada e a mão direita no bolso, pronta para sacar minha Untouchable em caso de um grande perigo. Aguardei, mas nada aconteceu de imediato. Um minuto, talvez dois e um grande animal apareceu não muito longe de onde eu estava, corria na minha direção com um homem – ou melhor, um garoto – montado nele.

O javali parou cerca de dez metros à minha frente e o filho de Ares olhou para mim com uma expressão levemente maldosa nos olhos. Revirei os olhos, bufando e relaxando um pouco o corpo. Jeffrey não era um perigo para mim.

O que é agora? Não posso nem treinar em paz, Jeffrey?

À vontade, Maximoff, mas não agora. Sr. D quer você no anfiteatro agora.

Não vou assistir àquele julgamento. Por que acha que estou aqui?

Nunca disse que você vai assistir. Sendo filho de Nêmesis, o Sr. D concordou que você seria a melhor opção pra julgar aquele garoto – ele explicou, mas eu não tinha interesse até ele completar a frase – e sentenciá-lo.

Um sorrisinho apareceu em meu rosto e assenti com a cabeça.

Que seja... – Liberei minhas asas, que ostentavam uma coloração vinho muito forte, com detalhes em dourado e alcei voo. – Te encontro lá, filho de Ares.

[...]

Pousando no centro do anfiteatro, logo ao lado do infeliz réu, olhei em volta, para todo na plateia e recaindo os olhos no único deus presente. Não que ele contasse para alguma coisa, mas ele estava lá, ele me requereu aqui. Junto dele mim e do garoto havia alguns outros garotos fortes e altos, com expressões maldosas e uma aura que me incomodava muito. Não só por esse motivo, mas também por querer terminar com isso logo, diminui minha dor de cabeça ao mesmo tempo que interferia em suas auras.

Sou Maximoff, filho de Nêmesis e estou aqui para julgar, sentenciar e executar o culpado por... Exatamente o quê? – Paro para pensar. Todos haviam se alvoroçado com o acontecimento, mas eu quase não ligara. Era algo relacionado à Dionísio... Uma garota, filha dele. Morta. – Ah sim, o culpado pela morte de uma filha de Dionísio.

Milena! O nome dela era Milena! – Uma voz masculina gritou, com visível pesar na voz. Procurei pelo dono da voz e localizei um garoto louro na plateia, na área mais próxima de onde eu estava, localizado à direita, quase na ponta da primeira fileira.

E quem é você?

Jaime, filho de Apolo.

E você, Jaime, filho de Apolo, tem algo a ver com isso?

N... Não! – Exclamou na defensiva, aparentemente com medo.

Então permaneça calado. Primeiro eu preciso interrogar ele – aponto para o esquelético garoto preso na guilhotina – e depois nós veremos o que vai acontecer.

Ele não fala. – Advertiu um dos garotos que estavam de pé comigo no palco. – Não disse uma palavra desde o assassinato.

Não foi um assassinato.

Como pode ter certeza?

Não tenho, mas até que provemos que Milena – fiz o favor de falar o nome mais vagarosamente, como se zombasse do filho de Apolo – foi assassinada, ela pode muito bem ter escorregado e caído.

Em um punhal? Que estava não mão dele?! É óbvio que ele é culpado!

Pare de gritar comigo, seu monte de músculos sem cérebro! Se me chamaram aqui é porque eu sou mais qualificado que você para dar esse veredito. Aliás, quem é você?

Rick, filho de Ares. E aqueles são meus irmãos – disse, apontando para os quatro – dentre eles, Jeffrey – garotos parados de pé. – Joshua, Erza, Andrew e Jeffrey.

Que seja... Se ele não falou, agora ele vai falar, mas quero ele sentado direito. Quero ele olhando em meus olhos.

Dei as costas para o réu e aguardei até que o retirassem da máquina de execução e o colocassem – e o amarrassem – em uma cadeira e então voltei a encarar o corpo esquelético e beirando a inconsciência. Ajoelhei-me para que ele pudesse me ver e eu pudesse vê-lo e, enfim, dei início ao trabalho que me foi dado.

Filho de Hades, não é? Encontrado na cena do crime com o corpo sem vida e um punhal na mão... As coisas não estão boas pra você e, sinceramente, eu não ligo, mas estou aqui e vou tentar terminar logo com isso. Qual o seu nome? – Pergunto. Uma das coisas que eu mais odiava nesse lugar do acampamento era que, não importa se você sussurrasse ou gritasse, todos iriam te ouvir.

Ele olha para mim, mal levantando a cabeça, e percebo que ele não vai falar. Pego um frasquinho no meu bolso e retiro a tampa, oferecendo-lhe o líquido dourado. Ele nega, mas eu insisto.

Isso é Néctar, vai te deixar bem. Pelo menos, o bastante para que você possa tentar se livrar dessa. – Mas ele continuou insistindo. Revirei os olhos e puxei seus cabelos para trás, fazendo-o abrir a boca e despejei o líquido, forçando-o a engolir. – Ótimo, que bom que está cooperando. Agora, qual o seu nome? – Pergunto, olhando-o nos olhos.

Jeff... Jefferson – ele disse, com uma voz amarga e que arranhava a garganta.

Jeff... Jeff, the Killer. Muito bem, Jeff, muito bem. Eu vou te fazer umas perguntas, e você vai me responder, tudo bem? Se você for inocente, não precisa ter medo, eu vou saber. Agora, você estava com Milena e um punhal quando encontraram o corpo?

Ele apenas balançou a cabeça afirmativamente. Pelo menos estava cooperando.

E quando isso aconteceu, ela já estava morta, ou ainda estava viva?

Eu não sei, foi horrível. Eu estava no chalé de Hécate com Mia e...

Quem é Mia? – Perguntei, cortando sua fala.

Uma amiga minha...

Uma vadia, isso sim! – Gritou o filho de Apolo novamente.

Não! Eu nunca fiz nada! – Respondeu uma voz feminina do extremo oposto do loiro. Era uma garota ruiva e bela. – Minha mãe é a deusa do Amor, eu nunca iria te trair!

Calados! – Ordenei, visivelmente irritado. – Discutam isso depois. Jeff, o que estava fazendo no chalé de Hécate com uma filha de Afrodite?

Mia e eu queríamos aprender a controlar a Névoa.

Mas se vocês queriam aprender a controlar a Névoa, porque não foram treinar? – Perguntou uma voz travessa de um garoto que estava sentado atrás de Jeffrey.

Fuzilei-o com os olhos, mas deixei Jeff responder à pergunta.

Uma filha de Hécate chamou Mia e Mia me chamou. Era pra ser uma aula extra.

Mas...? – Pergunto, impaciente.

Mas as coisas começaram a acontecer. Eu achei que tinha enlouquecido. Era tudo tão frio e escuro, como no inverno gelado.

E finalmente, ele começou a contar sua história.

“Mia e eu estávamos dentro do chalé com a filha de Hécate... Zelena. Ela convidou Mia e nós fomos pra lá. Estávamos aprendendo a criar ilusões grandes, tipo paredes que não existem e essas coisas. Zelena ensinava bem a gente, então alguém bateu na porta. A gente não esperava por ninguém lá, então Zelena foi ver quem era e pediu pra Mia e eu continuarmos treinando. Mia era muito prestativa e estava me ajudando o tempo todo, mas eu tinha muita dificuldade. Zelena estava demorando muito pra voltar e Mia disse que ia ao banheiro. Eu disse que tudo bem e continuei praticando na sala.

Quando Zelena voltou, Mia ainda estava no banheiro, e Jaime estava procurando por ela. Ele sabia que ela tinha vindo treinar e decidiu ir lá. Também tinha outro garoto, um protegido de Héstia, ele estava se oferecendo para ajudar em qualquer coisa que precisasse.

Mia voltou logo depois que Zelena me explicou tudo e então eu voltei a treinar com ela enquanto Mia e Jaime conversavam – ou melhor – discutiam em outra sala. Eu estava criando paredes e corredores que não existiam, ia mudando a forma do chalé enquanto o protegido de Héstia tinha ido arrumar alguma coisa no dormitório.

Chegou uma hora, enquanto eu treinava, que Zelena foi até o dormitório também e uma música começou a tocar bem alto. E então eu ouvi Mia gritando, irritada e fui tentar ver o que aconteceu, foi quando eu encontrei Milena caída no chão com o punhal. Daí todo mundo correu e me viu. Mia gritou desesperada e ele apareceu logo em seguida e me levou até a Casa Grande dizendo que eu era um assassino.”


Jeff apontou com a cabeça para Rick e assenti. Levantei, sem dizer nada, tentando organizar os pensamentos. O que ele dissera havia sido muito pouco e as condições eram muito confusas. Suspirei e encarei a plateia que me observava.

Preciso das outras versões da história. Quero o filho de Apolo, a filha de Afrodite, a filha de Hécate, o desmiolado e o protegido de Héstia aqui agora.

Ninguém se movia, nem mesmo o filho de Ares e aquilo me irritava.

Vamos simplificar as coisas: se nenhum de vocês virem, ele morre com certeza, mas todos os outros serão sentenciados por estarem escondendo informação. Aliás, o mortal vai ser o primeiro, porque eu ainda não sei quem ele é.

Mas eu não fiz nada! – Disse o mesmo garoto que anteriormente me interrompera.

Então você não se importa de vir aqui, não é?

Ele pensa um pouco e balança a cabeça, um pouco encabulado. Ele se levanta e caminha cautelosamente até o centro do palco, evitando olhar para mim. Ele movia as mãos, um pouco nervoso, visivelmente assustado. Apesar de parecer um garoto assustado, ele era quase um homem formado. Tinha expressões duras no rosto e um corpo de atleta.

Não precisa ter medo se você não fez nada. Só diga o que aconteceu.

“Bom... Eu, eu estava visitando os chalés, vendo se alguém gostaria de ajuda com a arrumação, porque logo iria começar a vistoria. A garota que morreu era responsável pela avaliação e estava passando nos chalés avisando sobre isso. Daí eu fui ajudar os outros, porque eu e meus colegas de chalé já havíamos organizado o nosso.

Eu bati na porta do chalé de Hécate pra ver se eles queriam ajuda, e enquanto eu estava esperando apareceu o garoto de Apolo. Ele estava irritado com alguma coisa e começou a bater na porta com força. Eu fiquei um pouco assustado e pedi pra ele ter calma, mas... Ele ignorou e falou coisas que eu prefiro não repetir. Então a dona do chalé abriu a porta e nos recebeu muito bem. Aceitou minha ajuda e mostrou onde ficava o quarto. O garoto de Apolo foi para uma outra sala com a menina ruiva e eu comecei a arrumar as coisas no dormitório.

Não era um trabalho muito difícil. Levei mais ou menos dez minutos para acabar e então fui para outro cômodo, como a feiticeira pedira. O casal estava discutindo muito, e eu não gostava daquilo, então eu fui até eles pra tentar intermediar as coisas quando uma música começou a tocar. A menina de Afrodite começou a gritar irritada e então as paredes começaram a mudar, tudo ficou diferente e eu sai da sala com os dois para ver o que estava acontecendo. Foi quando encontramos ele com o corpo morto e a arma, a garota de Afrodite gritou em pânico e o filho de Ares apareceu logo depois.”


O garoto apontou com uma mão para Jeff e com a cabeça para Rick. Até o momento, apesar de serem um pouco confusas, de alguma maneira se completavam. Assenti mais uma vez.

Certo, agora eu quero que a filha de Afrodite conte a sua versão.

A garota se levantou graciosamente e caminhou relutante até o centro do palco, olhando para os lados, como se não estivesse gostando do que acontecia.

O que foi? A filha da deusa da Beleza não está gostando de ser observada? Essa é nova... Comece.

“Como Jeff disse, Zelena me convidou até o chalé de Hécate para me dar uma aula sobre controle de Névoa. Eu aceitei e perguntei se poderia ir acompanhada e Zelena permitiu, dizendo que ter mais companhia que gostaria de aprender era muito bom. Então chamei Jeff e ele decidiu vir comigo. Quando chegamos lá, Zelena começou a nos ensinar sobre como manipular a Névoa e mostrou como deveríamos fazer para criar nossas ilusões. Ficamos treinando com seu auxílio por um tempo, então bateram na porta e Zelena foi atender. Mas então tive que ir ao banheiro e deixei Jeff treinando. Quando eu voltei pra sala, Jaime estava lá, e estava bravo, então pedi para falar com ele enquanto o outro garoto ia para o dormitório.

Jaime e eu ficamos em uma saleta conversando, eu estava tentando explicar o que estava acontecendo quando uma música alta começou a tocar. Isso foi o bastante para que começássemos a discutir e eu fiquei irritada e comecei a gritar. Foi quando o garoto que estava com Jaime entrou na sala, para ver se estava tudo bem.

Depois que ele entrou, as coisas ficaram estranhas. Eu não sei dizer o que aconteceu direito, foi como se as paredes mudassem, tava tudo estranho, então eu saí com medo e encontrei Jeff com o corpo de Milena e gritei, e gritei até todos chegarem.”


Tá bom, docinho. Agora por que não chama seu namorado pra falar?

Eu não sou namorado dela! Essa vadia estava me traindo! – Respondeu o garoto, levantando-se revoltado e vindo até o palco. – Eu tinha marcado um encontro com ela nos campos de morango, mas ela não apareceu, então fui procurar ela e me disseram que ela entrou no chalé de Hécate com um garoto. Fui pra lá correndo pra saber o que estava acontecendo e esse moleque estava na porta.

Ele apontou para o mortal e apenas fiz um gesto para que ele continuasse, aquilo já estava me enchendo o saco, eu nem deveria estar ali.

“Esse covarde queria discutir, então mandei ele para... isso não é importante. Zelena abriu a porta para nós e nos impediu de entrar até contarmos o que estava acontecendo, só pra me atrasar ainda mais. Depois eu entrei com eles e vi esse assassino manipulando Névoa.

Mia apareceu logo depois e chamei ela para esclarecer as coisas. Fomos pra outra sala e aconteceu exatamente o que ela disse.”


Não chame Jeff de assassino! – Retrucou a garota, que foi impedida de atacar o namorado, ou foda-se o que ele era pelo mortal. – Ele é um garoto legal!

Ele é um assassino! E você ainda tenta defendê-lo! Você poderia ter sido a próxima!

Por favor, não briguem, isso não ajuda em nada! – Apaziguava o mortal. Bufei e fiz um movimento para silenciá-los.

Já disse que não quero a briguinha de vocês aqui. Só estão me prendendo aqui por mais tempo. Algo que eu ainda não entendi é de onde saiu a música misteriosa. Talvez a filha de Hécate possa me contar...

A garota se levantou em silêncio e caminhou decidida, porém lentamente até o palco.

“Bem, eu posso confirmar o que Mia e Jeff falaram sobre a aula. Estava lhes ensinando sobre labirintos e afins. Mia foi ao banheiro e começaram a bater na porta e fui atender. Então o que os dois rapazes relataram se confirma. Fui até a porta e pedi para que se explicassem. Depois disso, deixei-os entrar e permiti que o casal conversasse em uma sala enquanto o jovem mortal arrumava os dormitórios.

Continuei o treinamento com Jeff por um tempo e então decidi que o mortal talvez fosse gostar de um pouco de música. Fui procurá-lo, mas ele já não estava no dormitório, então criei um instrumento e fiz com que ele se tocasse sozinho. De qualquer forma, fui retornar aos ensinamentos quando percebi uma flutuação nas ilusões de Jeff. É o que foi descrito como ‘paredes mudando’. Inicialmente pensei que fosse apenas uma flutuação comum para quem está aprendendo, mas ela ficou mais intensa e se repetiu uma vez.

Imaginei que algo estava errado. Para que houvesse uma flutuação assim, algo deveria estar interferindo nas ilusões, e eu sei quando digo que foram duas interferências. Sabendo disso, decidi verificar se Jeff estava bem e acabei encontrando-o com o corpo quando Mia gritou desesperada. O filho de Ares apareceu comigo e levou o garoto preso, fez justiça, isso sim.”


Quem decide o que é justiça aqui sou eu. Bem, o mistério da música está desvendado... Mas algo ainda não se encaixa. Porque você não explica o que estava acontecendo, Rick? – Peço de forma presunçosa para o filho de Ares, que sorriu de forma maliciosa e caminhou até o centro do palco, como se me desafiasse.

Estava passando pelo chalé, indo até o pavilhão de jantar. Ouvi um grito desesperado e corri para ajudar. Quando os encontrei, levei esse maníaco até o Sr. D e Quíron.

Muito bem... Todas as histórias se completam... Menos a de Rick, já que ele não tem história para contar. Todos falaram de forma convincente, mas eu posso afirmar: um de vocês está mentindo e eu vou descobrir quem é.

Paro para pensar um pouco, nenhuma das histórias me levava a lugar nenhum, mas elas se encaixavam muito bem.

Preciso do corpo da vítima e preciso dele agora.

Como sabe que já não foi cremado? – Pergunta o anencéfalo, me desafiando mais uma vez.

Porque não houve uma cerimônia, gênio. Agora, o corpo.

[...]

A filha de Afrodite parecia aflita e decidira conversar comigo, mesmo eu não tendo saco pra isso.

Sabe que Jeff é inocente, não é? Ele não machucaria ninguém. O conheço desde que chegamos no acampamento. Precisa acreditar em mim!

Escuta, docinho, até onde eu sei, ele poderia muito bem ter matado a garota. Não adianta usar seus poderes de sedução em mim. Aliás, se está fazendo isso, não sei porque não duvidar que talvez você realmente estivesse traindo seu namorado. Sabe, ele tem motivos pra querer matar alguém.

Jaime não é nenhum assassino também! E eu já disse, ele estava comigo! Ele estava brigando comigo até eu começar a retrucar e me trancar em outra sala e ele ficar quieto!

Como? – Perguntei, detectando uma mentira. – Não tinha dito que vocês estavam juntos? E ele confirmou isso?

Sim, mas...

Agora, graças a sua sinceridade, seu namorado é tão suspeito quanto você e qualquer outro. – Olhei para o lado e vi que traziam o corpo coberto com um lençol. – Agora, se me dá licença, eu preciso fazer uma autópsia.

Caminhei até o corpo e dispensei os semideuses que o traziam. Abaixei o lençol, começando pela cabeça e parei logo abaixo do pescoço.

O filho de Hades é inocente. Assim como as duas garotas. – Concluo com um sorriso no rosto.

Como pode ter tanta certeza? Você nem examinou o corpo! – Protestou o loiro indignado.

Simples: Marcas de estrangulamento. As marcas são longas e largas, além de serem pesadas. Quem quer que tenha matado Milena tinha mãos grandes e fortes, e as mãos das garotas são delicadas demais, e a mão de Jeff, not Killer são muito pequenas para as marcas.

Então quem cometeu essa atrocidade? – Contestou o mortal, preocupado.

Obviamente, um dos outros três suspeitos.

Três? – Perguntou Rick, um pouco tenso.

Sim, três. Você, o mortal e o esquentadinho aqui.

Mas eu pensei que eu não era mais suspeito! Todos confirmaram nossa história!

Jaime de Apolo, em caso de assassinato, todos são suspeitos. E caso você esteja se perguntando, Mia me contou que ela se trancou sozinha em outra sala e você ficou calado. Nesse meio tempo você poderia ter estrangulado e matado Milena.

NÃO fui eu! Se está tão certo de que alguém matou a garota, esse alguém deve ter sido o mortal!

Sim! – Concordou de imediato o filho de Ares. – Afinal, ninguém viu onde ele estava antes de ele aparecer na sala dos pombinhos. Ele podia estar mentindo!

Eu não fiz nada! Isso é conspiração! Vocês estão contra mim, estão todos contra mim! Ele não pode me culpar por algo que eu não fiz!

Eu não vou te culpar! Ainda não. O fato é que qualquer um dos três é suspeito e eu não tenho como descobrir quem é o verdadeiro culpado. Todos os três se encaixam na descrição e todos os três tiveram a oportunidade.

O tempo está correndo, não pode adiantar as coisas? – Perguntou Rick, impaciente.

Agora você está com pressa? Você é sempre muito apressado, não é? Afinal, chegou tão rápido a ponto de presenciar Jeff... – Retruquei e um sorriso apareceu em meu rosto. – Algo que me deixou um pouco perturbado... Zelena disse que houveram duas perturbações, mas se a garota apareceu no chalé, ela causou apenas uma. E se ela estava lá, tinha um motivo. Talvez estivesse fugindo de alguém.

Mas quem? – Perguntou a feiticeira.

Simples: A única pessoa que não estava no chalé antes. Rick apareceu ao mesmo tempo que você, mas ele não teria tempo de atravessar todo o chalé em tão pouco tempo, isso significa que ele já estava lá.

Está louco? Filhos de Ares não usam punhais! – Retrucou Rick, na defensiva.

Não mesmo. Mas eles usam lanças. Um punhal é uma arma curta e achatada, como uma faca, e o que ninguém se deu ao trabalho de reparar é que o ferimento na garota é circular e longo. Onde está a arma do crime?

Aqui! – Anunciou a feiticeira, retirando um pano branco de suas vestes e entregando-o a mim.

Desembrulhei a arma e devolvi o pano, usando a mão livre para criar minhas sombras que envolveram o punhal, dando-o sua forma original, longo e cilíndrico, com uma ponta arredondada. Uma lança que os filhos de Ares usavam.

Você a perseguiu e a matou. – Falei com convicção. – Estrangulou-a para que não gritasse e fincou sua lança nela. Depois, transformou a lança em um punhal e deixou as duas coisas lá. Aproveitou que a música estava alta para que ninguém te ouvisse e ainda por cima incriminou outra pessoa. Você nunca teria tempo de correr tão rápido, o que mostra que você nunca saiu do chalé, apenas se escondeu e esperou.

Sim. – Ele afirmou com uma voz pesada. – Milena era minha amada, mas nunca me amou, pior, me humilhava na frente de todos. Isso precisava parar.

Então você se aproveitou da situação para dar um fim nela. Bem esperto, quase foi um trabalho de um filho de Atena. Excerto que um deles pensaria em todos os pontos em que você errou.

Mas o que isso importa? Você não vai conseguir me matar. Nenhum de vocês vai.

Não conte com isso...

Sem esperar, alcei voo e voei em sua direção, com meu anel se transformando em uma espada e o casaco de couro se tornando uma couraça. Meu ataque era iminente e indefensável, graças à minha mãe. Acertei seu braço direito, fazendo com que tivesse dificuldade de atacar.

Mas ele não se daria por vencido, sacou uma espada com a mão esquerda e partiu para o ataque, mesmo com o braço direito sangrando. Esperei que ele chegasse perto o bastante e lancei uma rajada forte de vento, que o fez recuar. Infelizmente, isso também me dava alguns segundos de atraso, até eu voltar a voar normalmente, e ele aproveitou para me atacar. Tentei defender o ataque, mas ele acertou minha perna, fazendo com que eu caísse.

No chão, ele me atacava por cima, mas eu consegui defender o ataque. Agora estávamos com nossas espadas cruzadas, um tentando se defender do outro, e eu tinha pouco a meu favor. Ele era mais forte do que eu e eu começara a ceder, não conseguiria vencer desse jeito. Precisava de um ponto fraco... Ele era forte demais, qualquer coisa que tentasse fazer contra seu corpo seria em vão. Já machucara seu braço direito, mas ele deveria ter habilidade com as duas mãos, sendo um filho de Ares.

Seus olhos ardiam intensamente, cravados nos meus e eu devolvia o olhar com fúria. Foi quando percebi: seus olhos eram seu ponto fraco. Ele era muito bom lutando, mas dependia inteiramente de sua visão. Arregalei meus olhos e a visão dele foi bloqueada por meus poderes. Aproveitei para dar um golpe de espada em seu braço esquerdo para que ele tivesse mais dificuldades em atacar. Claro que isso não duraria muito tempo, só o bastante para que eu pudesse me levantar.

Ele partiu para o ataque, podendo enxergar novamente e estava furioso comigo. Tentei desviar de seu golpe de espada, mas ele acabou acertando uma de minhas asas de raspão. Soltei um grunhido de dor e abri minhas defesas. Ele me deu uma cotovelada nas costas e caí no chão. Tentei me arrastar para longe, mas ele era obviamente mais rápido do que eu. Parecia que eu iria morrer ali, mas lembrei que tinha minha Untouchable e a tirei de meu bolso, cobrindo-me com a capa.

Aproveitei que estava invisível e me arrastei para frente, levantando e acertando a parte do cabo da espada na nuca do garoto, que caiu sem poder se defender. Comecei a distribuir chutes e pontapés em seu corpo, focando nas costas, barriga e rosto. Não havia porque ter misericórdia. Ele não só matara uma garota inocente como também tentara incriminar outra pessoa.

Seu rosto começou a ficar vermelho com o sangue que escorria pelo nariz. Depois de alguns chutões em sua barriga, ele começou a vomitar sangue também. Fiquei visível, com a capa prateada às minhas costas e apontei a espada para o pescoço do garoto, cortando-o sem remorso nenhum.

Caso encerrado. – Digo com um sorriso no rosto. – Agora eu sugiro que vocês limpem isso, porque não vou ser eu que vou limpar. Meu trabalho aqui está feito, não precisam mais de mim. E só pra constar... Da próxima vez que achar alguém culpado por algo, descubra se isso é verdade antes de agredir a pessoa, Dionísio. Se eu bem me lembro, você nasceu semideus, não abuse do poder que lhe foi dado.

Considerações:
Arsenal:
Poderes:
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Progênie de Nêmesis
Progênie de Nêmesis
Valentin Maximoff
Valentin Maximoff
Título : Novato
Idade : 28

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Mensagem por Psiquê Seg Abr 20, 2015 4:12 pm

1. Avaliação e Recompensa


Essa missão é uma boa prova que nem tudo se baseia apenas em batalhas e coisas explodindo por todos os lados. Eu achei bem completo o enredo, levando a buscar as pistas e as versões para se chegar ao veredito. O que venho a falar a seguir são apenas dicas, não críticas, coisas que eu vejo que poderiam ajudar um pouco mais. Porém, a narração está muito bem construída em todos os aspectos almejados.

"– Rick, filho de Ares. E aqueles são meus irmãos – disse, apontando para os quatro – dentre eles, Jeffrey –  garotos parados de pé. – Joshua, Erza, Andrew e Jeffrey." --> Se você usa o travessão (-) para indicar falas, evite usá-lo para acrescentar informações extras pois fica parecendo que é o fim da fala, ficando assim, confuso.

Elogio o fato de ter lembrado que os protegidos de Héstia não são irmãos, mas sim pessoas sem ligação nenhuma além de terem sido "adotados" pela deusa, não tendo nenhum vínculo sanguíneo.

Eu fiquei curiosa quanto a flutuação na névoa, houve pouca explicação e essa parte na cena do crime ficou meio vaga em minha mente. Seria uma distorção? Um erro?

Por fim apenas peço que tome cuidado quando for falar com Dionísio. Lembre-se que ele é um deus e pode transformá-lo em uma barata se quiser por um espaço de tempo. Querendo ou não, é necessário demonstrar respeito, a não ser que seja programado seu personagem receber alguma consequência do tipo. Dessa vez não desconto nada ou deixo uma consequência, fica como algo a ser levado em consideração.

Coerência Textual: 50/50
Coerência Batalha/Treino: 50/50
Gramática: 20/20
Enredo: 60/60
Objetividade: 20/20

Total: 200XP + 100 dracmas + (+3) Fama Glória por ter resolvido um caso e inocentado um acusado injustamente.


--> Qualquer dúvida ou reclamações quanto à missão/avaliação poderá ser realizada por MP.
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Não-Reclamados
Não-Reclamados
Psiquê
Psiquê
Título : Godess

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