[RP FECHADA] From Wine and Vengeance

Acordo de súbito com um barulho irritante ao meu lado. Um dos meus pragas de estimação, quero dizer, irmãos, estava soltando bombinhas dentro do chalé. Idiotas. Suspiro longamente, e me levanto da cama, meu pijama roxo estava todo amarrado, e meu lençol continha manchas roxas, provavelmente do vinho que eu tomara antes de dormir. Dionísio era um deus legal, mas eu era quase um vampiro, só que em vez de sangue, eu tomava vinho.

Vou em direção ao banheiro, para tomar um banho. Dentro de um dos armários, estão minha toalha, e outros produtos de higiene, além da minha máquina de barbear. Já estava na hora, uma barba rala irritante já começava a crescer em meu rosto. Bocejo uma vez. Entro no box do banheiro e ligo o chuveiro. Primeiramente a água vem totalmente gelada, o que faz com que eu me encolha para um canto, encostando numa parede igualmente gelada. Sério, não tinha nada quente além dessa estiagem neste acampamento?

Depois de tomar um banho rápido, saio do box com a toalha enrolada na cintura, e vou em direção ao espelho, secando bem o rosto com uma toalha-de-rosto que estava pendurada ao lado do espelho. Plugo a máquina na tomada e ligo-a, levando a mesma ao meu rosto, logo, meu rosto está limpo de volta, sem pelos irritantes. Sorrio, em aprovação e saio do banheiro, encontrando um dormitório vazio, sem nenhum irmão ou qualquer coisa. Temo isso ser uma pegadinha, mas mesmo assim, fecho a porta do chalé e me troco ali mesmo. Colocando uma roupa comum, uma camiseta regata do Acampamento, uma bermuda e chinelos, eu não treinaria por hoje, essa rotina já estava exaustiva. Busco por debaixo do travesseiro uma garrafa de vinho, e logo encontro-a, pela metade. Ao lado dela, jaz uma barra de snickers, pego-a também, e saio do chalé, a passos calmos, indo na direção contrária ao refeitório, onde os semideuses faziam o maior barulho.


Ando em direção à colina, vejo o pinheiro, imponente, com o velocino brilhando no galho mais alto. Peleu dormia em volta da árvore. Sempre me pergunto se ele abandona o posto para ir comer, ou Argos ou outro alguém vem aqui para alimentá-lo. Mas isso não vinha ao caso agora. Abandono os chinelos e jogo as coisas que estavam na minha mão direto no chão. Deito-me na grama verde, esse parecia ser um dos únicos lugares que ainda não fora atingido pela estiagem. Deito ali, respirando o ar puro e fechando os olhos, imaginando mil coisas.