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Cyclop's Torment

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Cyclop's Torment Empty Cyclop's Torment

Mensagem por Hunter Butler Dom Abr 05, 2015 3:58 pm



cyclop's tormento mistério do assalto às frojas de poseidon
Frojas de Poseidon @20.08 – 05:43 a.m – prólogo
Corria contra o tempo. Nas suas mãos o estranho item estava tapado por um cuidadoso pano azul. Depois de destruir os dois guardas que combatiam misteriosas figuras, o ciclope agarrou num hipocampos e escapou das frojas, seguindo por sombras e silhuentas, enquanto os outros ciclopes julgavam a traição do antigo companheiro.

acampamento meio-sangue @28.08 - 10:20 a.m – capitulo I
- Não, nem pensar. Eu não vou voltar a andar no táxi da danação! – Replicava Hunter, enquanto Quíron depositava uma dracma em cima da sua secretaria. – As frojas foram roubadas, e tu preocupas-te com aquele táxi? É perfeitamente seguro.- O rapaz voltou a lembrar-se o porquê da sua ida à Casa Grande; o assunto era sério, e deveria ser tratado de forma pessoal. As frojas de Poseidon tinham sofrido um assalto, e somente um dos itens estava desaparecido. Cabia ao legado do Deus dos Mares responder ao chamado. – Há uma pista; aqui foi avistado um dos ciclopes que trabalhava nas forjas, e que desapareceu no dia do roubo. Ontem, foi enviado um grupo de semideuses até ao último local onde o monstro foi visto, mas as últimas noticias que tivemos foi que perderam o ciclope de vista. Ele sabe como usar a névoa, então todo o cuidado é pouco. – Afirmava Quíron, apontando para uma zona do planeamento urbano do mapa de Nova York. O indicador do centauro pousava sobre um arruamento na baixa de Manhattan, perto do rio. – Eles vão estar à tua espera, a poucas quadras do local onde serás deixado pelo táxi, e dai deverás prosseguir. – O rapaz ouvia as informações, enquanto Quíron desenhava o caminho com os dedos pelo mapa ao mesmo tempo que o visionava. - O que é que foi roubado? - Perguntava Hunter, impulsionado pela curiosidade. Se o ciclope fosse o capaz de controlar a névoa, não deveria ser normal. – Bom, ele só carregou consigo um item. Dizem ser um item inacabado, porém não temos mais nada. – Hunter ficou admirado, porque as coisas não fariam sentido; quem roubaria um item por acabar, arriscando a sua vida? - Ele deve ter miolos, hein? Não devem servir brócolos nas frojas. - Primeiro, o resgate das ninfas; agora, a sua missão implicava outra ida a Nova York, outra viagem no táxi da danação, e mais um vislumbre de como os monstros estavam a ficar à beira da perda da capacidade de sobrevivência. - Vamos, Quíron, anime-se! Vai ver que eu vou acabar por sobreviver ao táxi! - Hunter tentou animar o centauro cansado, mas em vão. Nem mesmo o bom humor conseguia alegrar aquele novo Quíron.

***

Mais uma viagem no tão estranho táxi, e o estômago do semideus iria escapar pela sua boca e ficar no pavimento da grande cidade. O táxi desaparecia ao longe, numa névoa escura e densa, que parecia ser somente visível aos olhos do rapaz. A névoa cobria o seu corpo, e as suas armas encolhiam-se em pequenos objetos pessoais, camuflando Hunter entre a multidão. - Segunda vez em Nova York este mês. Nunca mais me queixo de não sair do Acampamento. - Afirmou o rapaz, cobrindo o rosto com o boné dos New Orleans Zephyrs.
Não disperso da multidão, o semideus avançou na direção que lhe tinha sido atribuída, minutos atrás. A noção perfeita de localização ajudava, e bastante, nas mais repletas ocasiões. Por fim, acabou deparando-se com o ponto de encontro. Um pequeno café, “A prole do ouro”, era conhecido pela comunidade mitológica por abrigar alguns segundos de segurança e um bom néctar. Aqueles pequenos encontros deveriam ser mais regulares.

O semideus estava calmo, adentrando pelas portas do estabelecimento. O néctar era fervido e servido como café, enquanto algumas criaturas terminavam os seus afazeres, lavavam pratos e serviam às mesas, enquanto outras acabavam por ficarem tentados aos muffins de chocolate da montra. – Hunter Butler? - Perguntou uma voz atrás do semideus. Automaticamente, o rapaz virou-se, deparando-se com uma enorme cabeleira ruiva e em corte militar. A garota à sua frente era mais alta que Hunter, como também mais velha. Dispunha de roupas pretas e uns óculos de sol no rosto. Parecia a versão feminina de Ares. - Sou eu mesmo. - Afirmou o rapaz, sorrindo amigavelmente. – O meu nome é Johanna, e eu sou a líder da equipa de perseguição. Anda, estávamos à tua espera. - Johanna estendeu a mão, e Hunter apertou-a de bom grado. A garota mostrava força de carácter, mas diferente do seu pai, era bem mais carismática. Conduziu o semideus para uma das mesas com cinco cadeiras vazias, e ambos os campistas sentaram-se. – Queres comer alguma coisa? Estamos quase na hora de almoço, e eu estou com uma fome de monstro! Cadê o Edgar? Ele já foi pedir o meu hambúrguer à minutos, poh!- Afirmou a garota, revirando os olhos, lançando um olhar furtivo para a enorme fila que se mantinha à frente do balcão. Hunter ainda tentava-se enquadrar na situação. Johanna era a líder da equipa, mas excetuando o seu moço de recados no balcão, quem faria mais parte daquele estrondoso esquadrão? - Ah não não! Eu estou bem. - Assegurou o semideus, esperando algum contato de outro membro da equipa. - Desculpa Johanna, disseste que és líder da equipa de perseguição mas... A equipa és tu e quem te foi buscar o almoço? - Perguntou Hunter, receoso que a sua pergunta fosse sentida como ofensa. Pelo contrário, duas mãos tocaram nas suas costas, e duas garotas idênticas surgiram atrás dele. Ambas loiras, de olhos castanhos escuros, mas tapados pelos mesmos óculos de sol da líder. – A minha equipa tem quatro membros; eu, essas duas garotas e o Edgar. Eu sou filha de Ares, mas já deves ter entendido isso. Bailey e Kelly são filhas de Hermes, e elas passam o dia usando essas malditas capas da invisibilidade! Já o Edgar é filho de Atena e ele deve... - O legado de Atena surgiu no momento. Alto, loiro, e para a admiração de Hunter, os mesmos óculos escuros. Carregava um hambúrguer nas mãos, com um tamanho desumano.  – O meu almoço! - Johanna atirou-se para o hambúrguer com garras e dentes, e deu a primeira dentada. Parecia ser um animal feroz a ser acariciado pela suculenta carne e a combinação de molhos. – Hunter não é? Prazer, Edgar! Eu cuido das estratégias da equipa. - Afirmou o a prole de Atena. As gémeas também se sentaram, quase sincronizadas. – Olá Hunter. - Disseram elas, em coro, tornando a situação sinistra. – Vamos ao que interessa, agora que alimentamos a fera. - Edgar sorria para a filha de Ares, que devorava o seu hambúrguer com tamanha alegria, que o semideus podia jurar que ela estava a ter um momento único. – Perseguimos o alvo, mas ele escapou ao entrar num apartamento, perto das docas. Contudo, suspeitamos que ele não tenha escapado. - Afirmou o filho de Atena, olhando automaticamente para as duas gémeas. – O que conseguimos descobrir foi que o ciclope porta apenas um cabo, que parece servir para uma espada. Johanna já tentou avaliar, mas o item não possui lâmina. É simplesmente um cabo... É um item inútil. - Afirmaram as gémeas de Hermes, novamente em coro, como se estivessem ligadas entre si. - Se fosse inútil, não tinham enviado ninguém para recuperar, não? - Perguntou Hunter, e Johanna levantou-se da cadeira num pulo, apontando para a prole de Poseidon. – Gosto deste garoto! Vamos dar uns óculos para ele também! - Johanna avançou na direção rapaz e abraçou-o. Contudo, a sua força deixava o semideus quase sem ar nos pulmões.

Edgar conseguiu acalmar a sua líder, enquanto as gargalhadas eram mútuas. Johanna finalmente sentou-se, levantando ligeiramente a haste dos seus óculos. – Eu tenho a mesma opinião que tu, garoto. Se fosse simplesmente um cabo de espada, não estaríamos aqui. E também acho que o ciclope não seja o culpado disto tudo, mas Edgar acha o contrário. - Ela finalmente deixou descair os óculos por um momento, deixando o seu olhar de fúria penetrar no filho de Atena. – Ele fugiu com o item, para mim é culpado o suficiente. - Afirmou Edgar, ripostando. Hunter ainda não tinha pensado na sua opinião, no entanto, ele também achava que o ciclope era tudo, menos o culpado. Segundo o que sabia, ciclopes que trabalhavam nas frojas eram de confiança. Seria uma situação estranha se um deles tornasse “o rebelde” e roubasse um cabo de uma espada. De qualquer forma, depois de ver ciclopes a comer terra no acampamento, Hunter já não sabia o que pensar. – Mas Johanna é a líder, então fiz a estratégia que ela pedira. - Interrompendo os pensamentos, Edgar tirava um bloco de notas do bolso, e dispunha-o em cima da mesa. – Penso que se ele te reconhecer, não irá atacar-te. Contudo, todo o cuidado é pouco. Então irás servir de isca, garoto. - O semideus arqueou o sobreolho. -Isca? Obrigado pela compreensão hein? - Mas Edgar simplesmente deixou escapar um sorriso. – Bailey e Kelly estarão contigo o tempo todo. E nós sabemos as tuas capacidades. Se o ciclope atacar, tu poderás facilmente acabar com ele. Toma, aqui. Nós usamos isto como comunicador. - Edgar retirou um par de óculos de uma mochila presa à sua cadeira. Colocando os óculos no rosto, Hunter notou a estranha facilidade em conversar com os membros da equipa telepaticamente. Era um efeito estranho, mas funcionava.

Baixa de Manhattan @28.03 - 12:34 a.m – Capitulo II
Hunter conseguia ver o prédio á sua frente. Ao contrário do distrito de Manhattan, as suas docas eram pouco habitadas. O prédio estava em ruinas, e tinha aparência que o tempo tinha desgastado a maioria da estrutura. No entanto, havia ainda alguns habitantes. O prédio ficava ligado ao rio, através de uma construção em anexo, no segundo andar. Era, nessa construção, que achavam ter a localização do ciclope. – As coisas não estão como estavam da última vez. - Afirmou Johanna, enquanto seu grupo reagrupava-se. Edgar recuava, e as duas gémeas vestiam os seus mantos, tornando-se invisíveis. – Está mais silencioso e... - A garota apontava para o chão, seguindo um traçado de várias queimaduras pelo edifício, cortes e pedras quebradas. - Estou a ver. Então achas que aconteceu alguma coisa, não é? Poxa, pensei que ia ser uma conversa legalzinha. - Torceu o nariz à ideia de subir, mas acabou por finalmente alinhar no plano. Acompanhado pelas proles de Hermes, Hunter armou a sua besta e adentrou no edifício, enquanto Johanna mantinha o contato por meio telepático.

“Em posição”, a voz de Edgar refletia-se na cabeça do filho de Poseidon. “Também alcancei o meu posto. Pronta para destruir o anexo no segundo andar à primeira ordem”, Johanna respondia, colocando-se atrás de do prédio. “Estamos prontas também”, afirmavam as gémeas, como espíritos. Os passos do semideus eram cautelosos nas escadas frágeis de madeira e aço, mas ele podia afirmar que estava em posição. “Pronto para progredir. Chegada ao segundo andar”, afirmou Hunter, colocando-se perto da porta. As queimaduras no papel de parede gasto cessavam, como os cortes. A pedra partida tinha desaparecido no primeiro andar. - A maçaneta da porta foi derretida. - Sussurrou Hunter, ao ver o latão da porta deformado. Levou a mão cuidadosamente à madeira e, sem esforço, a porta abriu-se. O que ele encontrava não era o que ele estava à espera.

Um enorme corpo humano de um só olho, deitado a um canto. O sangue escorria pelas paredes, penetrava no chão de madeira tosco. O ciclope gemia, com a mão presa à sua barriga, enquanto o sangue soltava esguichos breves pela divisão. As feridas eram avassaladoras. Hunter tentou avançar contra o ciclope, mas foi parado por duas forças invisíveis. “Ele é um mestre da névoa”, afirmaram elas, telepaticamente. Mas o rapaz libertou-se e guardou a sua besta. Tinha sido automático. O reconhecimento levava uma questão de segundos. Hunter sabia que aquele ciclope era seu irmão.

Conjurou uma esfera de água do tamanho do seu palmo e, alcançando o ciclope, retirou a mão vermelha da ferida. O corte era mais profundo do que ele pensava. Usou a hidrocinese para introduzir a esfera de água no seu corpo, e começou a usufruir da hidroterapia. - Vamos, isto tem que resultar. - Afirmou o rapaz, enquanto arrastava de volta a mão para a ferida. Os gemidos cessaram, e deram lugar a palavras. O seu grande olho abriu-se. O ciclope era um mestre na névoa, mas tudo parecia ser real. O único pormenor do corpo jovem de um mortal, combatia o facto de só ter um olho. - Calma, não vamos esforçar. - Afirmou o rapaz, convencionado uma nova esfera de água e colocando-a sobre o corpo ferido do irmão. – Foi roubado. Não por eu. Por outro. Por mau. - O ciclope formulava palavras sem significado, com uma fala fraca e incompreensível. Os óculos bloqueava a relação telepática entre os dois. – Golfinho sobre vermelho. Eles levarem meu trabalho. - Hunter notava que a hidroterapia começava a fazer efeito, fechando as feridas mais suaves ao longo do corpo do ciclope. - Quem foi? Onde estão eles? - Perguntou o rapaz. A avassaladora ideia de ter mais um irmão e, ao mesmo tempo, de força-lo a responder, tornava a situação repugnante. – Golfinhos sobre verme... - Os gemidos voltavam a prevalecer na fala. - Que golfinhos? Que golfinhos!? - A explosão foi totalmente uma surpresa desagradável.

O seu corpo foi tomado de assalto pela estranha impulsão.  Os vidros das janelas quebraram-se atrás de si, enquanto o fogo consumia o edifício. Hunter foi projetado para o rio, quase como um golpe poderoso no seu estômago. O zumbido permanecia, mesmo quando o seu corpo foi rodeado pela enorme quantidade de água que o rio abrigava. As suas pequenas feridas fechavam-se, e a carne voltava a tomar a forma lisa, até ser coberta pela pele. Mas mesmo assim, o semideus sentia uma parte de si a afogar-se, apesar da sua respiração ser ainda mais clara do que alguma vez fora, em terra.

Baixa de Manhattan @28.08 – 01:25 p.m – Capítulo III
Com a ajuda de Johanna, Hunter tinha sido retirado do rio, para onde tinha sido projetado com o resultado do grande impacto. Normalmente, ele não iria necessitar, mas a garota ofereceu-se com tanta facilidade que ele acabou por aceitar. Não tinha feridas, já que a água tinha imaculado todo o corpo do semideus depois da explosão. Mas Hunter finalmente tinha encontrado mais um irmão. Um irmão que estava ferido e que ele o podia ajudar. Mas, ao olhar os destroços do prédio, soube exatamente que o fim do ciclope tinha sido no momento em que a explosão foi acionada. Bailey e Kelly tinham fugido para fora do prédio, segundos antes, alegando a Edgar que o filho de Poseidon estava a confraternizar como inimigo.
Agora, o pequeno grupo de semideuses recolhia-se num parque de estacionamento subterrâneos, escondidos.  Faziam um inventário de armas, comida e curativos para voltarem para o acampamento. Hunter não demonstrava a mesma disposição. – Que seca! Pensei que esta missão valeria a pena, poh! - Afirmava Johanna, enquanto colocava a espada vermelha na sua bainha. – Não vamos ser tão insensíveis com o Hunter, Johanna. No final de contas, aquele ciclope, culpado ou não, era irmão dele. - Afirmou Edgar, acabando de anotar o inventário no seu pequeno bloco de notas. - Eu nem sabia o nome dele. Mas não sei. É triste... Tudo o que ele dizia era Golfinho no vermelho ou qualquer coisa parecida.  - Afirmava Hunter, encolhendo a cabeça enquanto limpava a sua besta. Para sua admiração, Bailey finalmente levantava-se sem ser seguida pela irmã.

Bailey tinha uma expressão completamente diferente no rosto do que alguma vez tivera. Kelly, por sua vez, parecia preocupar-se mais pela falha na sintonia das duas gémeas.– Golfinho sobre fundo vermelho? - Perguntava ela, com um tom preocupado. - Deve ser isso. - Respondeu Hunter, entregando toda a atenção que tinha à filha de Hermes. – Esse símbolo é de uma empresa de pesca. Eu vejo duas carrinhas deles por dia, aqui em Nova York. Não são conhecidos, e só devem possuir um armazém nas docas. - Afirmava ela, criando a curiosidade no grupo. – Quando estávamos à procura do teu irmão, eu notei que essa carrinha passava várias vezes naquele espaço. Pensei que fosse por ser uma habitação perto das docas. Mas agora faz um certo sentido. - E Bailey tinha toda a razão. Eles não tinham considerado outras opções, e agora a missão tinha um significado completamente diferente. – Afinal, levar com a explosão não foi mau de todo! - Os olhares seguiram-se para Johanna, julgando o seu humor negro. – Estou a falar do Hunter, opa! Eu também estou com pena do ciclope. - A filha de Ares finalmente tinha conseguido criar um sorriso no grupo. Eles tinham que se preparar para o próximo passo da missão. Ainda não estava tudo acabado.

Docas de Manhattan @28.08 – 11:20 p.m – Capítulo IV
- Ali está o armazém. - Apontava para o espaço mal iluminado, ao longo das docas. Um desenho de um golfinho branco sobre um circulo vermelho repetia-se ao longo da construção. O grupo de semideuses tinha passado o resto da tarde a trabalhar a estratégia. Bailey e Kelly tinham, primeiramente, encontrado o armazém e feito um primeiro relatório. Um local grande, mal iluminado e com caixotes até ao teto. Um lugar perfeito para tirar a visibilidade a qualquer um. - Não vou poder dar muito suporte aos ataques da Johanna indo com a besta. Aquele lugar é um autêntico labirinto. - Informou o semideus, enquanto a estratégia era concluída. Bailey e Kelly seriam os verdadeiros suportes da situação. Batedoras invisíveis, como Edgar as chamou. Johanna seria um tanque caso algum monstro aparecesse, e Hunter e Edgar fariam os possíveis para procurar pistas. – Lembrem-se que nós não temos conhecimentos dos nossos inimigos. O local esteve vazio o dia inteiro, ou pelo menos assim apresentou. - Johanna, pela primeira vez, estava séria. Parecia, realmente, uma general. – Qualquer coisa, Kelly encontrou uma saída. Usem a telepatia dos óculos. Quanto menos informações nós largarmos, melhor. - E a garota agarrou no escudo, um escudo perpendicular ao chão, maior do que a própria campista.

As proles de Hermes entraram pelas janelas, enquanto Johanna, Hunter e Edgar forçaram a entrada. Com alguma força, os três puxaram as grandes portas do armazém. O cheiro a peixe invadiu-os automaticamente. Hunter sentia o poder da lua sobre si. A noite aumentava o seu poder, assim como as marés. Mas a lua cheia colocava todas as forças direcionadas para o semideus. Agarrava no seu tridente e tirava vantagem disso. Sentia o sangue quente. - Ouço batimentos cardíacos. Se tivesse de contar, diria que são mais de... Cem. Duzentos. Poxa, são muitos. - “Goblins às três horas. Diabretes às nove! Cuidado!” A voz de Kelly ouviu-se na mente do grupo, e os reflexos começaram rapidamente a funcionar. – Não se dividam! - Ordenou Johanna, enquanto Edgar movia a sua lança contra o ar. “Edgar atacarás em massa os diabretes. Hunter e eu vamos tratar dos goblins”, afirmavam os pensamentos de Johanna, que rapidamente reagrupou o grupo.

Os movimentos de Edgar eram ágeis, e os seus reflexos permitiam-no subir pelas caixas e alcançar os diabretes voadores. Enquanto isso, Johanna gritava, atraindo a atenção dos goblins, usufruindo dos seus poderes para finalizar a quantidade massiva. Hunter rodava o tridente em mãos, e usufruía das vantagens da hidrocinese. O rapaz aproveitou a distração dos goblins e pulou. Cravando o tridente no chão, libertou a membrana de água que protegia o tridente, e controlou-a. Assim, a água expandiu-se pelo terreno até determinado ponto. Em circulo, a massiva quantidade de água afogava as pequenas criaturas, confundindo-as com o terror de um pequeno tsunami. No entanto, algo não estava bem. Ele conseguia ouvir os batimentos cardíacos das criaturas. Eram imensos. Ele não conseguia distinguir o que era humano ou bestante. Era, simplesmente, uma confusão. Contudo, o seu radar mental capturava muito mais, vindo de baixo da terra. - Algo não está bem, Johanna! - Afirmou o rapaz, retirando o tridente do chão e voltando a correr na direção da garota. Esta, terminava com uma horda de goblins. “Os diabretes fugiram pelas janelas. Bailey, Kelly, alguma coisa?”, perguntava Edgar pela telepatia em grupo. “Só encontramos goblins. Os diabretes desapareceram. Estamos a vinte metros do final do armazém.” Afirmavam elas, em coro.  – Suponho que não queiras usar a telepatia. O que queres dizer-me? Eu sei, estás apaixonado por mim, não é? - Perguntava Johanna, cortando um goblin ao meio do a sua espada, enquanto este desaparecia em luzes brilhantes. - N-Não é nada disso! - Afirmava o rapaz, laçando alguns goblins de meio metro contra a parede, afastando-os da sua posição. - Eu não sei se os meus poderes estão a funcionar a cem por cento. Sinto que há algo debaixo de nós. - Afirmou, enquanto protegia-se das flechas de alguns humanoides arqueiros, escondendo-se atrás de Johanna. Esta, por sua vez, limitava-se a mover o escudo. “Edgar, trata desses arqueiros. Kelly, Bailey. Retornem. Há uma nova onda de goblins na minha posição e eles atacaram à distância”, Johanna transmitia a ordem pelo pensamento como uma verdadeira líder. – Achas que pode haver algo no subsolo? - Perguntou ela, protegendo-se e ao rapaz, das várias flechas vindas de cima. “Cheguei a ponto dos arqueiros, começando o abate. Há goblins a alcançarem o vosso ponto”, afirmou Edgar, trespassando a lança no corpo verde de um dos arqueiros.

- Não há nada lá em baixo. Mas eu sinto movimento. - Afirmou novamente Hunter, recuando à medida que as flechas batiam no escudo. “Goblins em retirada”, ouviu-se Kelly, mas os dois campistas no solo pouco se importaram. – Então o que pode ser? - Perguntou Johanna, até ouvir o chão a rachar. – Esqueletos! Subam e mantenham posições! - Hunter observou, rapidamente, o esquadrão a desmoronar. Eles tinham feito um trabalho ótimo em número. Mas a surpresa fora pior do que deveria ter sido. Os esqueletos surgiram de vários pontos, começando a escalar as caixas. Os seus números eram menores do que os goblins, que se tinham retirado para a escuridão, mas eram mais fortes. – Goblins vão preparar um novo ataque! - Afirmou Johanna, enquanto corria para as caixas. Uma mão surge, e agarra o seu tornozelo. Hunter reage rapidamente, batendo com o tridente no osso branco, quebrando a articulação e lançando-o para longe. Livres, conseguiram subir por uma das caixas. “Bailey, Kelly, situação”, Hunter finalmente usava a telepatia adquirida pelos óculos. “Dividimos os esqueletos, sendo doze para cada um de nós. Vamos precisar de um ataque em massa!” afirmavam as garotas, que mesmo invisíveis, eram perseguidas. “Eu trato disso”, respondeu o filho de Poseidon, pulando para o solo. A quantidade de torrentes de água surgiram era admirável. Os esqueletos sentiam os geiseres por baixo dos seus pés, e eram lançados para o teto, destruindo-os. Edgar, Kelly e Bailey cessavam o que restava. Em conjunto com os geiseres criados por Hunter, pulavam na direção dos esqueletos que caiam, deferindo vários cortes nos ossos. Mas Johanna, não querendo ser a única a não fazer nada, trocou a espada pelo machado místico, e lançou-se para os últimos pedaços. “Ataque em área bem sucedido”. Tinha voltado o silêncio ao armazém.

Edgar tinha conseguido o corpo de um diabrete. Hunter, para compensar o ataque em massa, começando a sugar a água no organismo do diabrete. Com o controlo necessário, o rapaz sentiu as suas forças a subir. O diabrete não estava morto, muito pelo contrário. Na verdade, adormecido seria a palavra certa. – Não vamos matar esse bixo? - Perguntou Johanna, limpando o seu machado do pó de osso. - Ele também tem sentimentos. E eu já suguei o que podia e já me estou sentido melhor. Alguém precisa de cura? - Hunter acabava de curar os seus ferimentos e os da líder do esquadrão como a Edgar. Com algumas gotas de água e o seu potencial, o grupo voltava a renascer estruturado.

Prosseguiram pelo armazém, avançando para uma zona não destruída. Os goblins tinham-se retirado, como os diabretes. Hunter já não sentia os movimentos que o seu sonar tinha captado, então podiam pensar que os esqueletos também tinham desaparecido. Contudo, a prole de Poseidon ainda ouvia batimentos cardíacos. Ninguém podia dizer que eram outros inimigos. Muitos goblins ainda se encontravam no armazém. Mas nem eles, nem o grupo, entravam em conflito. Os campistas tinham provado a sua força. – Este local só tem peixe! Preferia quando havia aquelas criaturas verdes tentando comer as minhas orelhas. - Afirmava Johanna, completando com uma expressão de tédio. – Vamos seguir com o plano. Se há monstros aqui, e se o ciclope falou deste lugar, pode ser que estejamos certos. - Afirmou o filho de Atena, verificando uma nova caixa, deparando-se com mais quilos de peixe. - Como conseguem comer peixes? Eles são tão legais. - Afirmava Hunter, triste e melancólico ao ver mais dos seus amigos oceânicos em caixas, prontos a empacotar. – Porque são gostosos que nem carne! Carne! Carne! CARNE! Hm, o que eu dava por um hambúrguer agora! - Desejava Johanna, com um olhar brilhante. A garota tinha sérios problemas. Mas, ao lado de Hunter, era divertido. – Conheço carniçais que gostariam de comer um hambúrguer de campistas. - A voz ecoou ecoo pelo armazém. As cabeças viraram-se para uma mulher, no topo de uma secção de caixas. Vestia um manto roxo e o seu sorriso era diabólico.

Docas de Manhattan @29.08 – 00:14 a.m – Capítulo V
Demorei quinze meses a preparar este exército. Vocês acham que encantamentos para controlar criaturas são feitos da noite para o dia? - A mulher reclamava, inconscientemente, demandando as palavras como armas. À sua volta, três esferas de luz quente giravam. – Eu não sobrevivi a uma tempestade de Poseidon para ser acabada por um grupo de adolescentes armados. Eu não acabei com um prédio para roubar uma arma que nem sequer funciona, e ser parada por este bando de imbecis.  -   Ela batia com o pé nas caixas. A sua face estava vermelha, e os seus olhos lacrimejavam ligeiramente. Parecia ser a típica atitude infantil. - Não sejas tão patética, Elisa. Sabes como eu adoro convidados. – Um rapaz surgiu atrás da mulher. Era mais novo, mas o seu porte atlético fazia com que a sua idade aumentasse. Portava o mesmo manto que a garota, contudo, azul-acinzentado. - Acho que os nossos convidados estão com frio. – A dupla olhou-se por momentos. – Uma nova explosão ajuda sempre a temperatura.  - As esferas moveram-se, mas em vez de se dirigirem para os semideuses no solo, foram mais além. Passaram por eles como fantasmas e explodiram nas caixas que se aglomeravam atrás do grupo. Uma das esferas subiu ainda mais, explodindo no teto, criando um buraco no mesmo. Os semideuses atiraram-se para o lado, com medo das caixas. Um enorme pedaço de pedra caiu do teto. A sua silhueta preta e grande abanou o chão assim que aterrou. O golém erguia-se lentamente com uma armadura pesada em pedra. Os seus olhos eram de uma luz intensa e roxa, que pareciam formar uma chama. – Minha nova invenção, meu tudo! Vamos, batam palmas! Esta beleza demorou horas a fazer. - Elise, a mulher de roxo, não implorava. Ordenava por palmas, por aplausos à sua obra de arte. A atitude infantil prosseguia. - Poxa. - Hunter olhava na direção do enorme golém que tinha pela frente. O garoto de azul tirou, do interior do seu manto, um cabo de espada. Este, não possuía lâmina. - Eles chegaram até aqui, então porque não lhes damos este presente? É inútil de qualquer forma. – O rapaz atirou o cabo da espada para o chão. Edgar, zonzo, lançou-se para agarrá-lo. Johanna, por momentos, pensou em fazer o mesmo. Contudo parou a meio. – Edgar, não! - Era tarde demais. O golém estava perto demais. Mal teve o cabo em mãos, Edgar não conseguiu escapatória. O gigante de pedra agarrou no corpo do filho de Atena e atirou-o contra a parede. Por sorte, o seu casaco tornou-se num peitoral, mas o rapaz perdera automaticamente os sentidos, largando o inútil item no chão. O garoto e Elisa riam-se da inocência dos campistas. – Afinal estas armaduras de emergência servem para alguma coisa. Hunter, ele está a proteger o item. Ele irá atacar-te se tiveres intenções de o retirar! - O semideus já estava levantado e de tridente em mãos, contudo, receoso. - Sim, eu já tinha entendido isso. - Afirmou o rapaz, reagrupando-se com Johanna. “Três metros dos alvos”, o som dos pensamentos de Kelly e Bailey invadiram as mentes dos dois lutadores. As gémeas atiravam-se, invisíveis, para os inimigos no topo das caixas. O objetivo era claro: um ataque surpresa. Contudo, o que acontecera fora imperdoável. Uma esfera de vento surgiu à volta dos  alvos, protegendo-os. Bailey e Kelly perderam as suas capacidades furtivas, e foram atiradas para o chão. A mesma armadura surgiu no tronco de cada uma, mas os sentidos estavam igualmente perdidos. - É uma vergonha não terem dado atenção à obra prima de Elisa. Tentaram atacar-nos, pff. – Replicava o rapaz, mexendo nos cabelos encaracolados. - Nós somos invencíveis. – Arrogante, o garoto sorria enquanto erguia o nariz. Restava Hunter, Johanna e o cabo de uma espada inacabada.

Docas de Manhattan @29.08 – 00:27 a.m – Capítulo VI
Hunter e Johanna mantinham-se escondidos no escudo. O golem não se movia. O cabo da espada estava caído no chão. E os dois inimigos continuavam a dar gargalhadas. “Eu distraio, tu atacas. É simples.” Johanna nem deixou o rapaz aceitar. Lançou-se contra o cabo da espada, de escude em riste, e agarrou-o. - Espera! - Afirmou Hunter, mas tarde demais. Assim que a garota agarrou no cabo da espada, o golem lançou-se na sua direção. Recuou um dos braços e lançou-o contra Johanna, tentando desferir um soco no seu escudo. Hunter, criando uma esfera de água na mão, expandiu-a num tamanho maior e lançou-a para o escudo da garota. O murro atingiu a água a pressão localizada na massa aquática tirou a força ao golpe, apesar de impulsionar Johanna para trás. O filho de Poseidon aproveitou a brecha. Na água onde o golem tocava, três tiros foram disparados contra o seu corpo. Devido à proximidade, o seu tronco fora perfurado. Elisa mandava o grito, mas a sua criação aguentava-se em pé, firmemente. - Johanna, estás bem? Poxa, ele não vai morrer facilmente. - Afirmou o rapaz, ajudando a garota a posicionar-se. Foram tolos ao ignorar completamente o golem. O murro prometido fora entregue. O monstro de pedra lançou-se contra Johanna, destruirá o seu escudo e lançara-a para o lado. A ruiva não fora tão abatida como os membros da sua equipa, ainda contendo o cabo da espada em mãos. Hunter, por sua vez, sofrera com o impulso, tendo o seu corpo projetado para o chão. O monstro ignorou o filho de Poseidon, e investira contra a ruiva, caída no chão. A armadura surgiu no seu corpo, mas ela ainda agarrava o cabo. Sorria com a vinda do monstro. Não se mexia, não se protegia.
O semideus viu o monstro a agarrar no tronco da garota com uma só mão. - Larga a arma, poxa. Johanna, larga isso! - Mas a garota não ouvia o semideus. Ela estava pronta para qualquer coisa. Ela e o seu esquadrão.

Hunter ergueu-se. Com a mira avantajada que possuía, recolhia os dedos e deixava o indicador. Uma gotícula surge na ponta do indicador, e era disparada como um poderoso filete na direção do golem. O seu braço era perfurado e, ao mesmo tempo, cortado. A garota caia no chão, largando finalmente o cabo da espada. A pedra voltava a reconstruir o corpo do golem, deixando Hunter sozinho com a criatura e os dois inimigos desconhecidos. Ele sentia a maré a virar. - Mano, vocês pescam peixe. Vocês comem peixe... Isto vai ser tal e qual como nos treinos. Seus comedores de peixe e brócolos! - Afirmou o semideus, segurando com força o tridente azul. A membrana de água revestiu o metal e Hunter investiu contra o golem, aproveitando para ganhar a sua atenção, agarrando no cabo da espada no chão. A velocidade do rapaz era incrível. A lua cheia tornava-o ainda mais mortal.

Sentira o poder a fluir sobre o cabo da espada. Era uma sensação estranha e sem sentido. Mas assim que agarrou no metal, o golem tomou a sua atenção. Duas esferas de água surgiram à sua volta. Seis tiros de água foram lançados contra o golem. Quatro deles acertaram ferozmente o seu tronco. O monstro de pedra tentou acertar no semideus, mas o rapaz estava feroz. Lançou-se pelo chão, escorregando até as costas do golem e espetou o tridente na cintura de pedra do monstro. - Tal e qual como nos treinos. - Afirmou o rapaz, lançando o projétil de água que o tridente possuía, perfurando a cintura do monstro e cortando-o. O golem caiu no chão, e a luz roxa dos seus olhos partira-se. Lutar contra golens em treino tinha sido a melhor decisão da sua vida.

Hunter agora podia concentrar-se nos dois inimigos, que tinham cessado as suas gargalhadas e tomado uma expressão mais sério. O golem partia-se no chão, de volta a cacos de pedra. Se não fosse o estranho pressentimento pelo cabo da espada, o semideus estaria focado na sua batalha. – Você derrotou o meu bebezinho. Bem, eu sei que você não vai querer isto Markus. Mas, ai garoto, quer se juntar a esta causa? - Perguntava a mulher de manto roxo, Elisa. – Eu e ele também já estivemos no acampamento. Mas os deuses não querem saber de nós, amorzinho. Mais vale prevenir. Teu pai é Poseidon, não é? Pois bem, ele alguma vez de ofereceu uma das suas preciosas armas? Semideuses devem lutar pelo que é seu! - A mulher virava-se para o rapaz de manto azul, Markus, que voltava a acariciar a sua nuca. - Esse item não serve para nada, eles mandaram-te aqui para morreres, amigo. – Afirmava ele, pulando das caixas para o solo. Moveu o ar, controlando-o, aterrando na perfeição. Elisa teletransportou-se. - Roubei este manto a um dos meus irmãos. Era meu por direito. E agora sou invencível! – Dizia Markus, com um sorriso orgulhoso no rosto. - Esta é a vida que tu queres, não a que tens. – Tentavam convencer Hunter, com as mais simples palavras. - Vocês são bem legais, sério. - As palavras de Hunter fizeram os dois semideuses trocar olhares de espanto, abrindo sorrisos no rosto. - Mas vocês caçam peixe, poh. Isso não é legal. Papai é meu amigo porque ele pôs peixe no mar. E peixe que é peixe, é um peixe livre! - Os dois semideuses inimigos passaram de sorrisos a confusão. - O que diabos está ele a falar? – Sem aviso, o cabo da espada começa a soltar um som estranho. - Opa, isto vai explodir? - Perguntou Hunter, olhando o cabo da espada com cuidado, assustado. Do cabo da espada surge uma quantidade de água absurda, que se torna fina e diminui, criando assim uma lâmina de água imaculada. Poxa. Então é isso que isto serve? - Hunter observava a água a diminuir e a aumentar, criando uma adaga como uma longa lâmina. Era, de certo, um item peculiar. – Markus, tira isso aquela criatura! Nós não podemos ficar sem aquilo garoto! - Afirmou Elisa para o garoto, que retirou as duas espadas das suas bainhas e lançou-se contra Hunter. O rapaz, por sua vez, fletiu os joelhos e pulou para a lateral, escapando dos cortes de Markus. - Hei, nós não temos de lutar. Já tenho o item para entregar. - Afirmou o rapaz, enquanto tentava escapar de mais golpes do inimigo. Por sua vezes, os cortes que Markus criava não perfuravam. As suas espadas eram finas, como agulhas, cortando simplesmente a pele. Hunter sentia o sangue a escapar em certos pontos do braço direito, até perder completamente o controlo sobre o seu tridente. A arma voou pelo ar, cravando-se no solo. O rapaz encontrava-se armado com o seu manto e uma espada de água. Ele teria que pensar melhor nas suas habilidades.

- Certo então, ‘cês não querem virar não-comedores-de-peixe. - Concluiu Hunter. Atrás do semideus, uma massa de água ganhava forma. Aos poucos, um clone do rapaz era criado. Nas suas mãos, um tridente de água começava a ser criado. - Certo então, vamos dividir tarefas. - Afirmou o semideus, olhando para os seus companheiros sem sentidos. Ele não podia mentir. Ele gostava daquelas missões de captura.

Investiu na direção de Markus e clone foi contra Elisa. Marcos voltou a realizar cortes, mas Hunter estava preparado. Usou a espada para se defender, e os seus reflexos aprimorados para recuar quando fosse possível. Já o seu clone, tentava acertar com o tridente de água na mulher, enquanto várias explosões sucessivas ouviam-se. Por fim, Elisa lançou um jato de lama na direção clone, prendendo-o por instantes. – Deixa ele e ajuda-me aqui, Markus! A minha saúde é mais importante! - Hunter viu ali a sua oportunidade. O inimigo virou-se por segundos para visionar a situação da companheira. Os cortes tornaram-se mais lentos. Altura de avançar. Uma esfera de água surgiu entre os dois lutadores. Por baixo de Markus, uma torrente de água surgiu, lançando-o para cima. O garoto gritou, batendo no teto. Mas Hunter não ficou por ai. Pulou na esfera de água, como se esta fosse sólida, e ganhou impulso. No ar, desferiu um golpe na barriga do rapaz. Um breve corte, rasgando de leve a sua pele. Diminuiu o tamanho da arma e virou o cabo, batendo com a parte sólida e não cortante na nuca de Markus. Por baixo dos semideuses, em queda, a esfera de água antes criada aumentou, amparando as quedas. Marcus, sem sentidos, ficara preso dentro da esfera, abrindo uma bolha à volta da sua cabeça para conseguir respirar. Hunter, por sua vez, usava a água que constituía a membrana do tridente para o puxar até si. “Só mais um”, pensou.

Correu na direção de Elisa. Destruiu o seu clone numa enorme explosão de massa aquosa e aproveitou esses instantes. Com o tridente, investiu num golpe na sua coxa, fazendo a garota cair de surpresa. Para se defender, Elisa virou o jato de lama na direção de Hunter, impulsionando-o para fora dos limites. O rapaz caiu no solo, ao pé dos companheiros que começavam a acordar. Elisa estava a fugir, com um ferimento na coxa. Era o momento exato. Apontou o indicador na direção da perna da garota e libertou o filete. Ouviu um grito de dor e fechou os olhos, cansado.

Docas de Manhattan @29.08 – 09:55 a.m – Capítulo VII
Mais uma vez, Johanna salvara o rapaz. Acordou-o, com alguns abanões. Todos os membros do esquadrão preparavam-se para partir. Assim que eles tinham acordado, depararam-se com Markus dentro da prisão de água, pedindo por ajuda . Depois, à porta do armazém, encontraram Elisa adormecida, com um ferimento na perna. Já os tinham de mãos atadas e prontos a serem entregues no acampamento. – Acabaste com eles, hein? Bom trabalho. - Afirmou Johanna, alegre como sempre. - Opa, não foi nada. Foi graças a vocês, na verdade. - Exclamou Hunter, sorrindo com o elogio. Para todos os efeitos, Hunter acabou por receber o cabo da espada. Encontraram o tridente de Hunter e partiram, na direção da segurança. Chegou-se à conclusão que a arma só podia ser usada por um filho de Poseidon, devido ao controlo sobre a água. Assim, chegados ao acampamento, os dois semideuses foram levados à Casa Grande, enquanto Hunter presenteava-se com uma nova arma para o seu arsenal.

Considerações:
Progênie de Poseidon
Progênie de Poseidon
Hunter Butler
Hunter Butler
Idade : 26

Ficha do personagem
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Mensagem por Zeus Seg Abr 06, 2015 8:38 pm

Avaliação


HUNTER BUTLER
Gostei da sua missão, encontrei errinhos bobos. Abusou da criatividade, só achoque poderia ter sido mais direto. em algumas partes me senti perdido, mas fora isso tudo nos conformes.

Coerência Textual: 31/35
Coerência Batalha: 32/35
Gramática: 19/20
Enredo: 34/40
Objetividade: 18/20
Total: 134 XPS
Dracmas: 90
Fama: +5 por finalizar a missão.
Item: Agulha do Mar [Fibra de Carbono// Um cabo de uma espada enfeitiçado que quando ativado, nas mãos do filho de Poseidon, cria uma lâmina essencialmente de água. Esta lâmina, além de resistente e leve, é bastante aguçada e fina, conseguindo realizar cortes através da enorme pressão que a água está sujeita devido ao cabo da espada. Além disso, quem controla a arma consegue modificar o tamanho da lâmina, tornando-a pequena como uma faca (aumentando a pressão), ou aumentando o seu tamanho até alcançar a altura de uma lança; porém, a lâmina perde a pressão quanto maior for o tamanho da arma. // Missão Hunter, Zeus].
A
V
A
L
I
A
Ç
Ã
O
Deuses
Deuses
Zeus
Zeus
Idade : 27

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