Saving some ass hairy [Missão Hunter]
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Saving some ass hairy [Missão Hunter]
I - PONTO DE PARTIDA Não havia conseguido dormir direito aquela noite. Acordei ainda no meio da madrugada com a camiseta colada a meu corpo devido ao suor – Pesadelos. – Retruquei comigo mesma ao afastar os lençois. Invés de tentar aderir a sonolência outra vez, resolvi ficar de pé e esticar as pernas. O chalé de Despina não era muito povoado, às vezes ficava vazio e naquele instante era ocupado somente por minha presença fantasmagórica. Não precisei cruzar os braços e me aquecer simplesmente porque não sentia frio, apesar de o ambiente ali ser gélido o suficiente para fazer outro semideuses qualquer bater os queixos. Era meio solitário ser filha de Despina. Ainda que não quisesse, o ar ao meu redor sempre adquiria aspectos gélidos, afastando a maioria dos campistas, pois eles viam-me como uma forma de perigo. Eu não lhes tirava a razão, mas sentia falta do calor humano, o qual eu conhecia pouco ou quase nada. De repente escutei a batida impaciente contra a porta. Fiquei paralisada de medo, sem saber quem ou o que iria querer procurar-nos – filhos de Despina – aquela hora da matina, em que sequer o sol devia ter resolvido aparecer ainda. Passo após passo, caminhei de maneira pesarosa até a porta e girei a maçaneta. Surpreendeu-me encontrar Quíron ali, austero e parecendo cansado – Srta. Stem? Que bom que está acordada, temi tê-la despertado. – Ele disse, os cascos nervosos conforme batia-os contra o chão – Não queria assustá-la, mas preciso de sua ajuda! Soube de seu ótimo desempenho na caça aos incendiários, pensei que poderia ajudar-me outra vez. – Estreitei os olhos, apesar de gesticular para que Quíron continuasse – Os sátiros estão sendo atacados na floresta, a maioria ou não quer falar a respeito ou não chega aqui para contar a história. Preciso que descubra o culpado. Se sair agora, poderá aproveitar da noite para facilitar a sua caça, afinal nosso predador tem hábitos noturnos. – Estremeci perante a possibilidade. Poderia continuar ali ou tentar ser útil, embora a utilidade fosse me custar caro – Vou ajudar. – Acenei em afirmativa. Quíron abriu um sorriso cansado – Boa sorte, então. Procure-me depois. – A escuridão o engoliu por completo conforme seus cascos o levaram a se distanciar mais e mais. II - A FLORESTA Embora não soubesse com exatidão, parecia pouco passar das 3hrs da matina. O sol não dava rastros de querer surgir no céu ainda enegrecido, muito menos de estar disposto a iluminar. Para a minha sorte, Quíron havia falado a meu respeito com as harpias, por isso estas não surgiram para me deter assim que saí do chalé de Despina. Eu ainda não tinha certeza de como começar a busca, ou se teria sorte nela, mas ainda assim segui o trajeto mais óbvio, indo direto até o aglomerado de árvores. A seca tinha lhes dado um aspecto assombroso, principalmente à noite. Não havia vida ali, exceto a das próprias criaturas que residiam na região. Foi com receio que cruzei a divisória entre a vasta floresta e o campo aberto do Acampamento Meio-sangue. Apesar de ser noite, a lua estava alta no céu, servindo-me como forma de luminosidade, ainda que muito tênue. Eu não sentia frio, mas não saberia dizer se isso se devia a meteorologia às avessas ou simplesmente ao fato de ser necessário muito mais do que uma brisa noturna para me deixar querendo o calor de uma fogueira. Eu seguia em silêncio, os olhos atentos as coisas ao meu redor conforme prosseguia. Não queria ir longe demais, caso contrário talvez não fosse encontrar o caminho de volta. Os galhos retorcidos e secos faziam surgir grandes formas horripilantes quando banhados pela luz da lua, vez ou outra fazendo-me hesitar antes de perceber que continuava sozinha. Era esquisito andar ali à noite, principalmente sabendo a má fama que tinha aquelas redondezas. Não é atoa que podia ouvir ocasionalmente um galho se partindo, ou o rastejar de folhas caídas. Isso só servia para testar minha paciência. III – O FERAL Não demorou até que a sensação de estar sendo perseguida se tornasse latente. Eu não queria acreditar, por isso continuei a caminhada de maneira despreocupada, mas não pude ignorar o constante quebrar de galhos secos que ecoavam de um ponto próximo a minha localização. Parei imediatamente, correndo os olhos semicerrados ao meu redor a fim de enxergar melhor, afinal a baixa luminosidade era um problema. Foi então que percebi o movimento do que jurei serem pernas, rápidas e apressadas – Quem quer que seja você, pode sair de seu esconderijo. – Disse alto, querendo aparentar menos medo do que aquele que sentia. A movimentação ao meu redor pareceu diminuir. Esperei alguns segundos, a respiração acelerada, até que percebi a forma humanoide que saía das sombras e surgia em meu campo de visão. Apesar de eu tê-lo confundido com um humano, o ser que surgiu tinha alguns trejeitos animalescos que davam-lhe um aspecto licantropo. Engoli em seco, nervosa quanto ao que aconteceria em seguida. A criatura abriu um sorriso que deixou a mostra suas presas, afiadas o bastante para prometer dor provinda destas ao terem contato com a pele humana – O que você quer? – Indaguei, remexendo então nervosamente no anel que usava em meu dedo anelar. Este, talvez devido a minha insistência em esfregá-lo, aderiu a seu formato de chakram. Passei os dedos pela parte de dentro do círculo do chakram, voltando a outra contra meu provável inimigo – não podia hesitar em situações de risco. Invés de responder-me, a criatura começou a dar passos lentos ao meu redor, armando-se de garras afiadas que prometiam cortar a minha carne facilmente. Segui o exemplo, cercando-a naquela dança mútua. Mas a tensão pré-batalha não durou muito tempo. A criatura deu um passo a frente e ergueu os braços de maneira a pretender atacar-me, ao que respondi dando um pulo ágil para trás e erguendo os braços em guarda. Não houve intervalo, continuei a ser atacada pelas garras que prometiam atingir-me a qualquer instante, ao que eu respondia dando saltos ou abaixando a cabeça. Contudo fui enganada, pois dei um passo para o lado em fuga e meu adversário já havia previsto tal movimento, acertando meu ombro esquerdo na vertical de cima para baixo. O vergão que abriu-se em meu ombro deu origem ao rubro sangue, de odor característico ao de sal e ferrugem. Soltei um gemido dolorido e recuei o máximo que podia sem esbarrar nas árvores ao nosso redor. Precisava atacar, caso contrário aquele seria apenas o primeiro de muitos ferimentos. Invés de esperar outra investida, dei passos rápidos para frente em busca de cobrir a distância que eu havia recuado e parti para o ataque. Ainda não sabia usar o chakram muito bem, mas sua lâmina de bronze celestial seria de útil serventia. Desferi um golpe em diagonal, mirando o tórax de meu adversário. Contudo, acertei simplesmente o ar graças a sua esquiva rápida. Não desisti por aí, continuei indo para cima e desferindo golpes o mais rápido que podia, apesar de o fato de usar uma arma de curto alcance ser muito pouco vantajoso. Abri muito o flanco ao erguer o braço em um golpe, de modo que a criatura conseguiu passar as garras da mão direita exatamente na área de minhas costelas. Meu impulso foi o de recuar com a dor, mas invés disso aproveitei a guarda alheia que se abriu com o golpe e desci a lâmina em um único golpe exatamente do ombro para o tórax de meu adversário. Finalmente havia conseguido encaixar um golpe! Este que deixou queimaduras de frio. A criatura recuou, mas não foi derrotada. Quíron havia me dito que bronze celestial costumava ser letal aos monstros, mas aquela não foi exatamente a situação. Antes de ser atacada ainda mais, como se não bastassem os cortes que sangravam em minha pele, recuei até uma das árvores e parei ali. Virada para o tronco, um simples aceno meu com a mão livre possibilitou cobrir aquela superfície com um gelo cristalino, tornando-a mais resistente. Voltei a me virar para meu adversário, este que já vinha a meu encontro, e fiquei esperando-o. Nos últimos instantes, aproveitei de sua fúria cega e do golpe que lhe tirara parte da agilidade para dar um passo ao lado e escapar do impacto. Como eu havia tornado o tronco ainda mais resistente, não foi nada agradável ao monstro dar com o punho contra aquela superfície. Aproveitei seu espasmo de dor para atacar outra vez, indo para cima com o chakram em mãos e visando acertar seu pescoço em um único golpe. Mas não calculei bem, afinal o monstro virou-se de maneira abrupta e segurou meu braço direito pelo pulso, mantendo a lâmina longe de si. O sorriso canino que ficou a mostra foi o suficiente para me fazer estremecer. Invertendo as posições, a criatura de grande força me arremessou contra o tronco que eu mesma havia congelado. Minhas costas doeram com o impacto, onde bati-as de encontro a área dura feita pedra e escorreguei até atingir o chão. Soltei um gemido baixo de dor. Aquele provavelmente era o momento de findar com a minha vida, portanto a criatura se aproximou devagar, talvez pensando no que devoraria primeiro. Esperei em silêncio e imóvel, embora atenta. A dor estava presente, quanto a isso não restavam dúvidas, mas tentei manter minha cabeça no combate. Assim que o monstro atacou, usei de um último esforço para apoiar o pé esquerdo no tronco e tomar impulso para a frente, indo desferir um golpe no centro do peito de meu adversário. Em conjunto a meu ataque, duas outras lâminas de gelo surgiram, acertando-o de outros ângulos. Foi o fim para a criatura. IV – O SÁTIRO E QUÍRON Eu não sabia dizer há quanto tempo vinha tendo um expectador do combate, afinal tinha estado totalmente focada em preservar minha vida, mas no instante seguinte a meu último golpe pude perceber pelo canto do olho a aproximação de mais alguém. Estava muito cansada para ficar de pé, por isso simplesmente deixei-me cair para a frente apoiando o corpo com as mãos na terra. Ainda resfolegava do esforço, sentindo os cortes arderem e as costas latejarem. Dessa vez não disse nada, apenas ergui o queixo e observei. Para minha surpresa reconheci a forma que chegava mais perto como sendo de um sátiro, devido a seu traseiro felpudo e torso humano. Quase chorei de alegria – Eu vi o que aconteceu, semideusa. Ótimo trabalho! Este monstro vinha me perseguindo. Ele deve ter captado a sua essência, pois mudou de vítima. Desculpe não ter ajudado, mas creio que meu auxílio não lhe seria útil. – As desculpas vieram, ao que balancei a cabeça – Não importa agora. Quíron me pediu vir aqui justamente enfrentar a ameaça aos sátiros, então creio que cumpri minha tarefa... Pode me ajudar a voltar até Quíron? – Eu não era dada a simpatias ou proximidade com outras pessoas e/ou criaturas, mas naquele momento não via outra alternativa. Com a ajuda do sátiro consegui ficar de pé e começamos a caminhada enquanto eu apoiava um braço em seu ombro. Não havia pessoa mais cansada do que eu, mas continuei em frente. Apesar de não haver sol, a escuridão da noite ia se dissipando cada vez mais, o que facilitava meu desvio de raízes e pedras nas quais tropeçar. O sátiro me guiou até a Casa Grande, onde Quíron esperava do lado de fora com um vinco de preocupação na testa. Seu sorriso abriu-se ao me ver, embora tenha vacilado. Seria devido ao frio que eu emanava ou graças aos ferimentos? Não soube dizer. Eu devia estar muito deplorável para aquele sátiro ter ido me ajudar – Trabalho terminado. – Anunciei com um sorrisinho orgulhoso. Quíron assentiu – Obrigada, Srta. Stem! Lamento suas dificuldades. Vá até a Enfermaria, nosso sátiro lhe auxiliará. Mas antes disso... Gostaria de lhe dar isso. – Um presente?
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- Progênie de Despina
Valenttina D'Amici Stem- Título : Novato
Idade : 25
Ficha do personagem
PV:
(520/520)
PM:
(520/520)
PR:
(520/520)
Re: Saving some ass hairy [Missão Hunter]
1. Avaliação Olá, moça. Devo dizer que essa foi, no geral, uma ótima missão. Você fez com que sua narrativa tivesse um início, um meio e um fim, usando justificativas plausíveis para todos os fatos descritos. Sua narração foi impecável no sentido de coerência, exceto por um trecho durante a batalha contra o Feral: ”Assim que o monstro atacou, usei de um último esforço para apoiar o pé esquerdo no tronco e tomar impulso para a frente, indo desferir um golpe no centro do peito de meu adversário.” Pelo que entendi, você estava deitada no chão e o monstro avançou para devorá-la. Você utilizar o pé como impulso lhe faria escorregar para frente, não para cima, posição em que o monstro se encontraria. Fora isso, encontrei três ou quatro erros de acentuação, mas nenhum muito grave. Te aconselho utilizar um corretor automático para auxiliar a revisão. No mais, meus parabéns e continue assim! Coerência Textual: 38/38 Coerência Batalha/Treino: 32/37 Gramática: 13/15 Enredo: 45/45 Objetividade: 15/15 Recompensas: 143xps + 95 dracmas + 5 fama + Gelo [Espada // Prata // Espada com fio duplo de prata capaz de congelar parcialmente aquilo o que toca, provocando queimaduras de frio e, em caso de dano excessivo, adormecendo a área atingida. É muito leve e pode ser manuseada com apenas uma das mãos. Quando não está em uso, transforma-se em uma pulseira com pingentes de prata genuína em formato de flocos de neve. // Missão Hunter // Avaliada e atualizada por Afrodite] Descontos: -60 PV // -140 PM // -40 PR --> Qualquer dúvida ou reclamações quanto à missão/avaliação poderá ser realizada por MP. | a v a l i a ç ã o |
- Deuses
Afrodite- Título : Godess
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