Thalia's Tree
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{ONE POST} THE KILLER

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Mensagem por Afrodite Qui Abr 23, 2015 8:55 pm

1. Narração


Como se não bastasse o clima ruim que se instalava por todo acampamento devido às missões em busca de salvamento do refúgio para semideuses, o pânico começava a se instaurar nas limitações da Árvore de Thalia. Uma série de assassinatos vinha acontecendo na floresta, e até agora já passava de três vítimas. Pensando em apaziguar os ânimos de seus campistas, Quíron chamou um dos sátiros e pediu para que este convocasse Valentin Maximoff, um filho de Nêmesis. Afinal, o equilíbrio da paz estava sendo rompido. Ninguém melhor que a prole da deusa da vingança para trazer as coisas para seu estado natural.


Assim que o rapaz chegou, o centauro tomou a palavra. Suas feições estavam ainda mais cansadas que das últimas semanas. Papéis estavam espalhados por todo seu escritório e ele estava encolhido em sua cadeira de rodas, checando mais uma vez as pilhas de documentos em sua frente. Quando ergueu os olhos, ousou dar um leve sorriso de cumprimento. – Você deve ter ouvido falar de nossa nova crise. Preciso que você vá até a floresta e descubra o que vem causando a morte desses semideuses. O modo como lidará com isso é por sua conta. Só... Faça essa onda de crimes parar. – Pediu com um ar preocupado, esperando que o rapaz fosse ágil no trabalho. – Boa sorte, meu caro, e fique atento.

2. Off-Game


--> Missão One-Post para Valentin Maximoff, filho de Nêmesis, nível 19.
--> Seu prazo é de 72 horas.
--> Armas, itens, poderes e afins em spoiler no fim do post. Separe os ativos dos passivos para facilitar minha interpretação.
--> Narre o que fazia antes de ser chamado à Casa Grande e sua saída em direção à floresta. Conte como se sente em relação as missões-trama que vêm acontecendo e sobre esses assassinatos da floresta.
--> Lá, você deverá encontrar ao menos UM monstro de DUAS estrelas, antes de descobrir o que vem acontecendo. Crie o que os campistas assassinatos faziam na floresta, como eles foram mortos, onde, e etc. A história será por sua conta. Levante também suspeitas sobre monstros à sua escolha e tente encontra-los.
--> O assassino, porém, será um semideus. Nome, descrição e progenitor será você quem decidirá, a única coisa obrigatória é ser no mínimo nível 16, com as habilidades de treino Espadachim e Velocidade. Eu aprecio batalhas bem descritas e com dificuldade moderada, por isso, capriche bem nessa parte. Como disse na narração, o que fará com o semideus é por sua conta; sua escolha influenciará na fama que receberá.
--> Horário e clima à sua escolha.
--> Qualquer dúvida, reclamação ou pedido de aumento de prazo com justificativa poderá ser realizado por MP.
--> Boa sorte, moço.

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o
s
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Deuses
Deuses
Afrodite
Afrodite
Título : Godess

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Mensagem por Valentin Maximoff Sáb Abr 25, 2015 12:28 pm

Valentin Maximoff
18 years
I'm a sociopath!
Die, Bitch!
Kate's Friend
Aquele treino era como qualquer outro. Intenso, cansativo e odioso. Jeffrey não perdia uma oportunidade de me fazer sofrer, mas eu não me importava, desde que eu provasse para ele que eu podia vencer qualquer desafio que ele me passasse. Desde que havíamos iniciado nosso treinamento há quase um mês Jeffrey me fizera correr por quilômetros e depois nadar, fez jogos mentais, tentou me humilhar e me fizera lutar com outro semideus.

Finalmente, depois de uma longa manhã de treinamento em combate, Jeffrey me liberara para almoçar. Não comi nada muito pesado, já que a bateria de treinos seria retomada assim que o almoço terminasse, então só comi o necessário para me manter forte. Torcendo para que o garoto não tivesse planejado nada muito ruim, adentrei à arena mais uma vez e comecei a ouvir as explicações dele sobre a segunda parte do treinamento do dia.

Felizmente ou infelizmente, um sátiro adentrou o local, exasperado e com pressa. E estava à minha procura. Assim que ele anunciou que viera por mim, imaginei que coisa boa não seria. Fiquei pensando em como ele era parecido com o outro sátiro que vira. A criatura estava sofrendo e – junto de Liam, o filho de Hades – decidi que o melhor a fazer era sacrificar o coitado.

Agora eu havia sido requerido por Quíron, o que só aumentou minhas suspeitas de que algo de ruim estava acontecendo. Fui acompanhado da criatura até a Casa Grande, mesmo contra a vontade de Jeffrey. O filho de Ares não queria que eu deixasse o treinamento até descobrir que o responsável pela interrupção havia sido o centauro. Adentrei à casa, mas o ser da natureza preferiu não me acompanhar, afirmando que os assuntos a serem tratados deveriam ser tratados a sós. Não protestei.

Quando entrei na sala do líder do acampamento – já que Dionísio parecia estar mais preocupado em coisas pessoais e “assuntos dos Olimpianos” –, Quíron me aguardava com uma expressão deplorável. Quando o conhecera, ainda sem acreditar que ele era um centauro – já que nunca o vira em sua forma “selvagem” –, ele já não parecia em seus melhores dias, mas agora estava pior. Os milênios de existência começavam a ficar expostos em seu rosto, cabelo e barba, como se a forma forte do homem cavalo estivesse sendo substituída por um velho, que envelhecia um ano a cada semana.

Em meio a papéis e anotações, o homem sorriu para mim de sua cadeira de rodas, fazendo-me revirar os olhos em um impulso de perguntar logo o que ele queria, mas o homem começa a falar logo em seguida, falando sobre a “nova crise”. Aquilo era uma verdadeira máfia. Mais de três mortes em tão pouco tempo. Se eu já não tivesse resolvido o caso do assassinato de Milena e o mesmo ter sido totalmente diferente do resto dos assassinatos, poderia dizer que todas as mortes estavam interligadas.

Basicamente, eu já sabia o motivo de ter sido chamado, mas minha teoria é confirmada quando o homem me envia oficialmente em missão. Inspiro profundamente, com os olhos fechados e então expiro todo o ar. – Que seja... – Deixo a sala e a Casa Grande, já preparando-me mentalmente para o que eu teria que enfrentar. Essa era uma das coisas que eu gostava em minha mãe, ou melhor, nos poderes que herdara dela, grande parte era incrivelmente benéfica para mim, e muitos deles já faziam parte de minha personalidade, como a chamada frieza e algo que as pessoas falavam erroneamente: ausência de alma. Não era alma que me faltava, era uma aura.

Assim que coloquei os pés do lado de fora da casa azul, alcei voo, liberando minhas asas – que ostentavam uma coloração chumbo, com as pontas douradas –, que atravessavam a couraça de bronze celestial, e partindo rapidamente na direção da floresta, nos limites colina, onde ficava o Pinheiro de Thalia. Eu era rápido e logo cheguei no início da colina, onde pousei. Minhas asas desapareceram e comecei a caminhar pelo local.

Mais de três mortes ocorreram, as primeiras três haviam sido um de cada sexo – mulher, homem e mulher. Depois disso, imaginamos que seria um padrão, e que a próxima vítima seria um homem, mas quando encontraram o quarto corpo, havia sido novamente uma mulher. Duas mortes eram acidente, mas três já faziam as pessoas suspeitarem.

Havia sido chamado para averiguar os corpos, parecia que depois de desvendar o mistério de Milena eu havia me tornado o legista oficial do acampamento. O mais estranho é que nenhuma das vítimas tinha conexão com a outra. A primeira estava de guarda junto de Peleu e fora morta com algum tipo de gancho, o furo direto em seu coração adentrava seu peito de forma convexa e crescia, como em um cone. O segundo era um rapaz que apenas passeava pelo local, e havia sido morto por espancamento, as marcas visíveis em regiões diferentes do corpo, como peito, costas, face, barriga e membros. A terceira retornava de missão quando foi estrangulada, quando colocou os pés dentro dos limites do acampamento, já estava morta.

O que me deixava com dúvidas era a quarta vítima, a garota havia sido assada. A pele estava dourada, gratinada e a carne macia. Algumas partes de seu corpo se esfarelavam como um frango assado, e por causa disso, obviamente, no meio do caminho entre a floresta e a Casa Grande, alguns pedaços dela acabaram caindo. Mesmo sendo algo terrível, eu só conseguia pensar em como o trabalho havia sido bem feito, em como a garota havia sido assada viva durante horas a ponto de estar “ao ponto” e ninguém ter percebido. Claro que ela gritaria de dor, mas não podia. Abrindo sua boca, você via que algo escorregava pela garganta, a língua. Havia sido cortada, mas a hemorragia fora evitada com um calor intenso, que “cicatrizou” o ferimento. A língua da garota havia sido um presente de mal gosto de quem quer que tivesse feito isso.

Caminhava o mais silencioso possível, o que não era o bastante, já que meus pés constantemente amassavam folhas secas e quebravam galhos que haviam caído no chão. Nenhuma ameaça era visível, mas qualquer criatura que estivesse atacando semideuses e já fizera três vítimas não seria encontrada facilmente. E, mesmo se tentassem um ataque surpresa, eu estava alerta e seria avisado de que o perigo estava próximo.

Quatro corpos... Cada um morto de uma maneira diferente... – falava comigo mesmo quase em um sussurro. – Não pode ser obra de apenas uma criatura. – Mal terminara a frase e senti uma corrente de ar passando por trás de mim há alguns metros. Virei-me rapidamente, mas não havia nada lá. Já estava alerta, com meu anel pronto para se transformar em uma espada e, apenas por precaução, chequei se minha capa estava guardada em meu bolso, como sempre a deixava. Com um aceno positivo para mim mesmo após a checagem, continuei caminhando devagar, mas não lento. Se algo tentasse me atacar, eu precisava ter reflexos rápidos, e estar concentrado em andar de forma lenta não me ajudaria em nada.

Convencido de que a corrente de ar era apenas uma flutuação aleatória, continuei meu caminho sem me preocupar, mesmo depois demais duas vezes que eu a senti. A primeira do meu lado direito – meu lado fraco – e a segunda na frente. Em nenhuma das vezes consegui ver alguma coisa, apenas a flutuação de ar, que fazia as folhas secas esvoaçarem há alguns centímetros do chão.

Por precaução, agachei-me e coloquei a mão esquerda no chão. Fechando os olhos, prestei atenção nos sons à minha volta, na brisa leve que batia contra meu corpo e nas vibrações do chão. Podia sentir Peleu roncando através das vibrações compassadas, e ouvir sua respiração pesada ao longe, mas fora isso, não havia nada demais. Aspirei o ar, mas o único cheiro além do das folhas, terra e árvores era o odor de fumaça que era disparado a cada roco do dragão.

Abri os olhos e um frio percorreu minha espinha. Levantei-me automaticamente, transformando meu anel em uma espada de bronze celestial e comecei a olhar para todos os cantos, em um círculo, como um planeta em movimento de rotação. Era impossível alguma coisa aparecer do nada, acabara de checar e meus poderes não alertaram nada além de Peleu... Pelo menos, nada na terra...

A criatura vinha em minha direção, partindo do céu, mas não me atacaria, não até que eu atacasse. Com suas asas batendo graciosamente, a mulher empenada desceu ao chão com uma expressão curiosa no rosto. Apesar do rosto humano, seu corpo se assemelhava ao de uma águia, destoando apenas em tamanho e na presença de um par de seios. Ela movia a cabeça como um pássaro, e sorria gozado para mim. – Olá! Você amigo de Kate? – Ela perguntou com uma voz amigável. Pronunciava o nome errado, o que deveria ser “queite” saia de sua boca como “cate” e mantive-me em alerta. – Você é uma harpia. Trabalha aqui ou é de alguém? – Pergunto, cauteloso. – Ino amiga de Kate – ela responde com um sorriso orgulhoso, assentindo. – Então você é a harpia de alguém. Kate é sua amiga, sua dona? – Ela estava sendo amigável, se fosse uma das harpias do acampamento, seria mais selvagem. – Kate mamãe de Ino. Ino ama mamãe. – Ela parecia uma criança, e tinha estatura de um humano jovem, era um filhote ainda. – Certo. O que você está fazendo aqui? É perigoso. Cadê sua mamãe? – Eu simplesmente odiava aquilo, mas precisava agir daquela forma se queria alguma informação útil da criatura. – Ino surpresa mamãe. Mamãe ficar feliz com Ino. – Assinto com a cabeça, pensativo. – O que é essa surpresa? Posso ajudar? – Ela nega veemente. – Amigo de Kate deixa Ino surpresa sozinha. Não ajuda. – Fingi rir e soltei um “ok”.

Ela coçou a cabeça, como se estivesse pensando, olhou para mim e sorriu novamente. – Ino brincar e fazer amigos de Kate dormir. Amigos de Kate muito cansado, não acorda. – Assim que a harpia proferiu tais palavras, um sorrisinho apareceu um meu rosto. Eu havia encontrado minha assassina. Sorri de volta, balançando a cabeça. – Ino, eu sinto muito, mas você não pode continuar com essa surpresa. Quíron me pediu pra fazer você parar... – Ela olhou assustada para mim, como se não compreendesse o que eu estava dizendo. – Amigo de Kate deixa! – Ela suplica, mas continuo negando, baixando a espada, sua ponta quase encostando no chão. – Não, o amigo de Kate não deixa.

Sem esperar uma resposta da criatura, parti para o ataque, correndo em sua direção, com a espada ao lado do meu corpo. Ela alçou voo velozmente e liberei minhas asas, seguindo-a pelo ar. Ela voava quase desengonçada, olhando para trás, para certificar-se de que eu ainda a seguia. Nossa distância diminuía a cada segundo e logo eu a alcançaria. Empunhei minha espada mais uma vez, mas ela desviou para o lado no mesmo segundo, como se previsse o que eu iria fazer. Ela desce em um rasante e eu a acompanho, tentando pegá-la. Ela havia matado quatro semideuses e era meu trabalho impedir. O único problema? Eu não fazia isso pelos semideuses mortos. Não conhecia nenhum deles, simplesmente fazia isso porque me obrigavam.

Enquanto eu descia, ela parou no ar e apontou as garras das patas para mim. Garras afiadas, que matariam qualquer um. Garras que se fincaram no coração de uma garota. Não só suas garras eram afiadas, como suas grandes patas eram fortes, perfeitas para um estrangulamento.

Comecei a diminuir a velocidade, para evitar suas garras, mas estava em uma velocidade muito grande e uma distância muito curta. Virando-me para o lado, em uma tentativa desesperada de escapar, acabei levando um grande arranhão no braço esquerdo. A dor não veio na hora, mas, mesmo se tivesse vindo, o encontro das minhas costas com o tronco de uma árvore não permitiu que a dor do arranhão fosse processada. Minha espada caiu de minha mão, e eu cai de costas no chão. A espada estava fincada à minha direita e, mesmo um pouco desorientado, levantei-me e puxei a arma, pois a harpia estava voando em minha direção.

O impacto poderia ter sido maior, mas a couraça protegeu minhas costas. A força não era minha aliada naquele momento, a espada não deixava o solo, e a criatura vinha com suas asas apontadas para mim. Asas de harpia eram como navalhas e, a menos que eu conseguisse soltar a espada, teria que recorrer a meus poderes. Poderia utilizá-los, mas isso exigiria uma força de mim que eu não tinha naquele momento. Precisava de minha espada. Ela estava a vinte metros, quinze, dez... A espada continuava presa no chão, não tinha o que fazer. Uma última tentativa, com ela já se aproximando. Puxo a espada com força e consigo arrancá-la do chão, porém, a harpia está perto demais e suas asas atravessam meu corpo como as navalhas que era.

Meu sangue pingava do meu rosto e braço direito, além do corte que fazia o sangue escorrer pelo braço esquerdo. Se não fosse a couraça, estaria com ferimentos no peito também, mas nada disso importava. Eu precisava deter Ino. Ela voava alguns metros acima de mim, como se pegasse altitude, mas eu também podia voar e estava usando isso a meu favor. Quando tentei me desviar para evitar suas garras, guardei minhas asas, uma escolha sábia, pois assim elas não se machucaram com o impacto. Agora eu voava atrás do monstro, tentando destruí-la.

Mais uma vez eu me aproximava dela, porém, não perdi tempo e cravei minha espada no lugar onde seria sua panturrilha e ela grunhiu de dor, perdendo o controle sobre o voo e começou a perder altitude. A segui, retirando minha espada de sua perna, pronto para um segundo ataque. Sem aviso, Ino se vira para mim e começa a gritar absurdamente alto, um grito estridente e ensurdecedor. Isso me faz perder o controle e começo a cair. Ela desvia de meu corpo tonto e desce em minha direção. Meus pensamentos estão mal organizados e a única coisa da qual tenho certeza é de que minha espada está em mãos. Mas como poderia usá-la se estava desorientado demais para mover um músculo sequer?

A cabeça gira, o corpo cai em linha reta e as asas se movem sem uma ordem, levadas pelo vento. Nada em meu ser está certo nesse momento, mas preciso evitar a queda. Fecho os olhos e tudo se torna mais claro. Tudo ao meu redor pôde ser sentido e recobrei a consciência por completo. Bati minhas asas e movi minha espada horizontalmente, atingindo a harpia e fazendo-a cair no chão. O corte acertara seu peito, mas havia sido superficial. Eu ainda precisava matá-la.

Pousei no chão e recolhi minhas asas, olhando com severidade para a harpia, que me encarava com medo no olhar. – Amigo de Kate ajudar! Amigo de Kate bonzinho! Não fazer isso! Ino com medo! Mamãe, mamãe! – Parei em frente da criatura no chão, que parecia chorar e sorri para ela. – Ah, Ino, ai é que está o problema... Eu não sou amigo de Kate. – Pronunciei o nome da garota empalando a criatura com minha espada. Um único movimento bem no seu coração e a mulher pássaro se desfez em pó.

Triunfante, transformei minha espada novamente em um anel. O perigo acabara. Uma harpia com transtornos marata quatro pessoas. Uma empalada, uma de hemorragia interna, uma estrangulada e outra... Harpias não eram elementais de fogo, não podiam queimar ou assar uma pessoa.

Quase que instantaneamente, um grito fraco irrompeu e corri em sua direção. Não sabia exatamente de onde ele viera, mas tinha a localização geral. Corria por entre as árvores, desviando de galhos e raízes o mais rápido que podia. Não adiantaria voar, as copas das árvores bloqueariam minha visão. Quando cheguei no local, avistei uma garota caída ao chão e uma poça de sangue se formava, partindo de seu pescoço. Uma mancha arroxeada partia da lateral de seu pescoço e se espalhava – literalmente – pela cabeça e peito.

Ino não estava sozinha... – Assim que disse isso, senti algo em meu rosto, algo duro e forte que causou um recuo imediato. – O que foi? Não me viu chegando? – Disse uma voz masculina e um tanto divertida. O tipo de diversão que não me agradava. Como se já não bastassem os cortes, agora também havia levado um soco na cara. Olhei em volta, mas não havia ninguém lá além da garota envenenada. – Hermes... – Conclui. – Como eu odeio vocês... – Uma voz debochada riu ao longo antes de o garoto aparecer bem na minha frente. – O que foi? Está bravo porque você não consegue me acertar? Não se preocupe, quase ninguém consegue mesmo. – Outro soco e o garoto disparou novamente. Filhos de Hermes eram rápidos, mas aquele em particular era quase invisível quando corria. Como poderia vencê-lo se eu não o via? A resposta era simples: ele não poderia me alcançar, ou não me ver.

Então, matou quatro semideuses com ajuda de uma harpia e agora mais uma sozinho. O que pretende com isso? – Pergunto, levantando-me e empunhando a espada, que acabara de se transformar. Mais uma vez, ele ri. – Não, eu não tive ajuda dela, eu só queria usá-la como bode expiatório. Eu mataria a todos e colocaria a culpa no monstro. Mas agora que você fez o favor de matá-la, eu posso colocar a culpa em você. Não seria magistral? Você sai numa missão para procurar o assassino, que na verdade é você, e depois de muita luta, eu consigo te vencer e te entrego a Quíron. E você concorda com tudo e aceita a punição. – Ele fala tudo de forma simples, como se estivéssemos combinando as regras de um jogo e eu me via tentado a aceitar as condições, mas eu era mais forte.

Acho que não... Sabe, apesar de a harpia não ter matado nenhum dos semideuses, ela me atacou... – Ele me interrompeu casualmente. – Sob meu comando. – Ignorei e continuei meu discurso. – ...então ela não era de toda inocente. É uma pena, ela era uma boa harpia. Mas isso não é importante. Não, o mais importante aqui é você. Você é rápido, quase invisível, mas isso não significa que você é invencível. Você é forte, e também muito convencido, vai me dizer suas forças, com certeza. – Ele pondera por um tempo e sorri, como se estivesse se gabando. – Eu sou ótimo com espadas, de fato, e também sou muito ágil. Corro mais rápido que qualquer outro filho de Hermes. Fora isso, só o básico. Mas o básico já o bastante para te vencer... – Ele dá de ombros, como se me desafiasse e sorrio. – Veremos...

Ataco sem pensar duas vezes, um movimento rápido de espada, mas ele era mais rápido e conseguiu desviar. Empunhou sua própria arma, um bastão um pouco maior que minha espada e atacou. Simplesmente não consegui ver seu movimento, apenas sentia os golpes contra o corpo. Mais uma vez, graças à couraça, o dano maior havia sido evitado, mas na região dos braços e uma vez que bateu no pescoço foram o bastante para causar algumas dores... Uma das vítimas morreu de hemorragia interna depois de ser espancado em pontos específicos do corpo todo.

Libero minhas asas e disparo no ar, com uma grande corrente de vento da qual ele não escapou. Claro que ela não fez muito, mas por ser uma rajada muito forte, fez ele bater contra uma árvore. Voei em sua direção com a espada pronta para acertá-lo, mas ele escapa mais uma vez, porém, um filete de sangue pôde ser visto. Eu o havia cortado, afinal. Infelizmente, o corte era superficial, e eu sabia que além do bastão ele tinha também adagas, precisava ficar alerta. Voava olhando para todos os cantos, procurando pelo garoto.

Vindo de minhas costas, detecto um barulho cortando um ar, logo antes de um ferimento se abrir no meu braço. Ele havia fincado uma adaga em mim. A dor pulsante misturada com os cortes ardidos não me ajudavam nem um pouco. Eu precisava acabar logo com aquilo. Era praticamente impossível vencê-lo sem que eu usasse alguns dos meus poderes.

Aproveitei que ele ficou visível, como se me desafiasse e, ainda voando, olhei em seus olhos. Não precisei dizer nada, simplesmente comecei a ver momentos de seu passado. O garoto hiperativo que sempre era repreendido por todos, os colegas que não queriam brincar com ele por ele ser sempre muito injusto, os pequenos furtos, o abandono familiar por parte do padrasto e outros membros da família e o nome que nunca lhe dera orgulho. Marcus.

Ele parecia sofrer com essas imagens e havia ficado atônito por um momento. Aproveitei para atacar, desferindo um corte transversal por seu peito. Ele acordou do transe e atacou com o bastão, me jogando para longe. Mesmo dolorido, utilizei um dos poderes e me separei em dois, envolvendo-me em minha capa logo em seguida.

O filho de Hermes atacou, usando uma lança que, por sorte o clone defendeu enquanto eu voava para trás dele, sem que ele me visse. Meu clone tentou utilizar a espada, mas o garoto bloqueou e começou a brilhar intensamente e a emanar calor. Desviei os olhos para não me cegar. A quarta vítima morrera assada com o calor do corpo de Marcus. Quando a luz diminuiu, meu clone estava lançado ao chão e o filho de Hermes o empalava pela boca com seu bastão, voei rapidamente com a espada em punhos e fiquei-a em seu corpo. – O que foi? Não me viu chegando? – Pergunto em um tom zombeteiro e sombrio, retirando a capa. – Marcus, filho de Hermes: você assassinou a sangue frio cinco semideuses inocentes e conspirou contra o acampamento, além de tentar usar uma criatura inocente para seus fins. Sua sentença é a morte, e eu sou seu executor. – Retirei minha espada sem remorso e a limpei, deixando o corpo do garoto cair no chão. Meu clone já não existia mais, havia se desfeito quando morrera, e agora a vida deixava o garoto.

Peguei seu bastão e voei de volta à Casa Grande. Expliquei o ocorrido de forma resumida e entreguei a arma a Quíron. Uma equipe foi mandada para trazer os corpos de volta ao acampamento e, novamente, eu havia dado um fim a um assassino. Dois assassinos mortos em três dias. Meu trabalho estava terminado.

Considerações OFF:
Adendos:
Progênie de Nêmesis
Progênie de Nêmesis
Valentin Maximoff
Valentin Maximoff
Título : Novato
Idade : 28

Ficha do personagem
PV:
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PR:
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Mensagem por Afrodite Dom Abr 26, 2015 1:12 am

1. Avaliação


Olá, rapazinho. Antes de mais nada, digo que serei breve em minha avaliação. Você soube trabalhar bem com as vagas informações que lhe dei. Aproveitou as diretrizes e criou uma história quase impecável. Sim, quase, pois duas coisas me deixaram na dúvida: como o filho de Hermes encontrou e manipulou a harpia para te atacar e qual o motivo dele ter matado todos os semideuses? Achei que essas informações fizeram falta na conclusão de sua missão. Encontrei uma leve troca de 4 semideuses mortos por 3 mortos em um trecho, mas nada que me fez descontar pontos. As batalhas foram muito boas também, mas senti falta de mais descrição. Também achei a última batalha, contra o semideus, muito corrida. Uma outra observação que faço é a quantidade de ferimentos recebidos e a gravidade deles. Atente-se a isso. Quando à escrita, não notei nenhum erro tão grave.

Coerência Textual: 47/50
Coerência Batalha/Treino: 45/50
Gramática: 19/20
Enredo: 55/60
Objetividade: 20/20


Recompensas: 186xps + 93 dracmas + 4 fama glória (Por concluir a missão, por resolver os assassinatos) + 3 fama terror (Por ter matado um campista)


Descontos: -110 PV // -120 PM // -105 PR

--> Qualquer dúvida ou reclamações quanto à missão/avaliação poderá ser realizada por MP.

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Deuses
Deuses
Afrodite
Afrodite
Título : Godess

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