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{MPP - OP} I see fire [25.08.15]

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Mensagem por Psiquê Dom Abr 12, 2015 4:35 pm

Narração


Com o clima tão instável, o acampamento estava vivendo de altos e baixos. Nos últimos dois dias, a temperatura estava elevada e o ar estava cada vez mais seco. Foi então que pequenos incêndios começaram a ocorrer. As ninfas na floresta de início se assustavam, estavam fracas demais para se protegerem. Mas depois da terceira ocorrência, começaram a suspeitar de que o incêndio estava sendo provocado. Quíron havia enviado semideuses para investigar naquela manhã, mas antes mesmo do almoço eles retornaram de mãos vazias. Nenhuma pista, nenhum sinal. A frustração já não era mais escondida no semblante do centauro, que nada mais podia fazer além de esperar pela jogada do Destino... Que não tardou a fazer o seu movimento. Era meio da tarde quando um novo incêndio começou a acontecer, maior que todos os outros. O treinador do acampamento estava perto, os gritos das ninfas se tornavam audíveis mesmo para quem estava no pátio dos chalés. Tendo de tomar uma decisão rápida, Quíron parou dois campistas que estavam mais próximos, passando uma missão de nível urgente:

Salvar as ninfas das chamas e descobrir quem era o piromaníaco!

Informações


• É uma missão one-post, apesar de ser passada para dois semideuses, cada um desenvolve tarefas diferentes.

• Decidam entre si quem irá salvar as ninfas do fogo (no mínimo 2) e quem irá enfrentar o incendiário, que são 2 diabretes armados com facas apenas.

• Deverão narrar o que estavam fazendo quando o incêndio começou, lembrando que estavam perto da floresta nesse momento até Quíron passar a ordem.

• O cenário se resume a floresta no início de um grande incêndio. Lembrem-se que a prioridade de vocês foram dadas, quem irá lidar com o incêndio é um grupo de NPCs.

• O horário de início da missão é as 15:40, o clima estando bastante quente e seco.

Off-game


-> Prazo de postagem até quarta-feira (15/04)
-> Armas levadas devem ser colocadas em spoiler ou serão ignoradas.
-> Poderes utilizados em spoiler se não serão ignorados.
-> Mascotes não serão permitidos.
-> É uma missão One-Post, ou seja, deverá desenvolvê-la seguindo as informações dadas. O que não consta, poderá ser usado com coerência e criatividade.
-> O último a postar, por favor, enviar uma MP avisando para que não haja atraso de avaliação!
-> Qualquer dúvida, reclamação, problema para postar... comuniquem-me.
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Não-Reclamados
Não-Reclamados
Psiquê
Psiquê
Título : Godess

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Mensagem por Brent Stäel Henckel Seg Abr 13, 2015 12:18 am


25 DE AGOSTO DE 2015

Não é que aquele calor todo me incomodasse, longe disso, mas parecia ser extremamente danoso ao plantio do Acampamento Meio-sangue, principalmente às ninfas que viviam na floresta. Eu estava alheio a tudo o que acontecia, mas era um bom expectador, capaz de perceber na expressão dos demais a gravidade da mudança drástica de clima. Embora novato, Quíron já havia me dito que o clima ali prevalecia sempre o mesmo, impossível de sofrer alterações que fossem influenciadas pela metereologia externa. A coisa não parecia ser exatamente essa naqueles últimos dias. Pequenos incêndios aconteciam com frequência, acirrando os ânimos ociosos e enlouquecendo a Quíron. Hullen, o sátiro que tinha levado a mim e Emma para o Acampamento Meio-sangue, também estava muito ocupado tentando conter os incêndios. Sem envolver-me na situação, fiquei à margem, simplesmente exercendo minhas tarefas do dia-a-dia sem querer ficar no caminho de ninguém. Mas isso não durou muito. Ia afastando-me do chalé de Hermes disposto a praticar na arena, contudo gritos chamaram não só a minha atenção, e sim a da maioria dos campistas ali perto. Quíron parecia prestes a escoicear alguém, disparando feito louco, e adivinhe só com quem ele resolveu falar? Comigo!

- Henckel? Espero que esteja desocupado, preciso de você agora. O Acampamento está uma loucura! Não sei quem é o responsável, mas vou pegá-lo e ele vai se arrepender disso. Aconteceu outro incêndio e esse é dos grandes! – Aquilo foi dito tão rápido que fiquei meio atordoado – Valenttina? Você por aqui também? Ótimo! Vá com Henckel, ele irá te explicar a situação. – E Quíron disparou para longe de nós. Sem saber o que fazer, voltei o olhar na direção da menina chamada Valenttina, encarando-a e nada além. Ela tinha olhos bonitos, cabelo negro e longo, mas alguma coisa nela deixava-me desejoso de calor – mesmo naquelas situações climáticas! Deixei para lá a apreensão e me aproximei – Você é Valenttina? Prazer, sou Brent. Bom, eu também não sei muita coisa, mas Quíron falou de um grande incêndio e... – Mais gritos soaram – Alguém parece estar precisando de nossa ajuda. – Finalizei. Embora tão apreensiva quanto eu, a garota fez um sinal de entendimento e começamos a correr na direção da floresta, de onde os gritos pareciam vir.

O caos era geral. Não foi difícil encontrar o incêndio, afinal sua gravidade originava chamas que lambiam a vegetação seca e ameaçavam se expandir ainda mais. Os gritos continuavam, estes vindo de dentro da floresta. Valenttina foi a primeira a se pronunciar, embora parecesse assustada com a situação. Em rápidas palavras, ela decidiu que seria melhor nos dividirmos ali, cada qual responsável por uma tarefa. Notei certa urgência em seu tom, como se não quisesse manter contato comigo, mas resolvi priorizar o momento e não as paranoias – Eu fico responsável em salvar as pessoas em apuros? – Sugeri, vendo que ela estava apreensiva quanto a enfrentar as chamas. Minha colega concordou com um aceno, dizendo que ficaria com a tarefa de encontrar os responsáveis pelo incêndio. Quíron ficaria muito grato – Boa sorte, então. – Desejei e dei um último aceno antes de correr para a direção de onde vinham os gritos.

Achei o plano ótimo, exceto que... Como eu iria passar pelas chamas? Muito esperto, Brent. Quando criança eu costumava brincar de tocar na chama da vela e ver o resultado, pois nunca me queimava, mas isso não se aplicava a proporção das labaredas a minha frente. Cocei a nuca, sentindo-me agoniado em meio aquela falta de opções. Gritos só surtiam efeito negativo sobre mim, como se fossem uma maneira de me pressionar a agir logo. Não podia deixar outros se ferirem! De repente percebi algo acima de minha cabeça, o símbolo de um martelo flamejante. Eu estava pegando fogo? Não, impossível. Passei os braços acima de minha cabeça e o símbolo continuava ali. Franzi o cenho – Será que... – Começou a me voltar a memória algo que Hullen havia dito sobre o que faziam os olimpianos quando queriam reconhecer a existência de seus filhos – Um martelo... E chamas. Hefesto? Sou filho de Hefesto? – Arquejei – Isso significa que não vou me queimar, certo? Quero dizer, as forjas e tudo o mais... É uma possibilidade! – Não pensei mais sobre aquilo, já estava decidido e a expressão concentrada de meu rosto não ia mudar. Quando olhei para os meus braços percebi pulseiras ali, as quais diante de meu olhar transformaram-se em luvas que iam até o antebraço – Bronze celestial? – Eu simplesmente sabia o nome do metal, mesmo sem nunca ter entrado em contato com ele antes. Coisa de louco.

Sem maiores delongas, pus-me a correr na direção do incêndio. A proximidade tornava o ar ainda mais quente, até mesmo hostil, mas talvez eu não o sentisse com tamanha intensidade graça ao parentesco com Hefesto. Alguma coisa de bom vinda de meu pai, pelo menos. Assim que alcancei as chamas lancei-me entre elas, passando pelas árvores incendiárias e saindo a procura da origem dos gritos. A fumaça prejudicava a visão, assim como me impedia de respirar muito bem, mas ainda assim continuei a procura – Tem alguém aqui?! – Exclamei alto para me ouvirem. Os gritos aumentaram em resposta, um lamurioso choro por socorro. Finalmente encontrei a garganta que os emitia, ou pelo menos compunha a sinfonia agoniosa – Você é... – Não pude conter a pergunta, afinal a menina parada a minha frente não parecia ser campistas, e sim um espírito da floresta ou coisa do gênero – Ninfa! Ninfa, seu bobão! Agora deixe de me olhar com essa cara de palhaço e nos tire daqui. – Só não fiquei ofendido porque ela tinha razão. Acenei positivamente e apressei-me a vencer a curta distância entre nós, puxando-a para perto de meu peito e segurando o seu pulso para corrermos dali.

Não era nada fácil escapar daquele labirinto de árvores em chamas. Como o incêndio era de larga escala e já havia se espalhado muito, alguns dos carvalhos cediam, caindo ao nosso redor e fechando passagens. Levei a ninfa comigo, protegendo-a do fogo, embora começasse a ficar incomodado com toda aquela fumaça. Quando finalmente avistei a saída dali ocorreu de outro carvalho cair, dessa vez a nossa frente e impedindo o andamento do resgate. Estanquei os passos e olhei ao meu redor, querendo achar algo que fosse resolver a situação – Certo, passe correndo quando eu der o sinal. – Disse e aproximei-me do tronco caído, querendo encontrar onde sua espessura era menor. As chamas já haviam carbonizado boa parte, por isso não era assim tão difícil, mas optei por ir até as raízes fragilizadas. Não parecia boa ideia, mas era a única que eu tinha. Agachei ao lado da extremidade das raízes e ergui-as no ar com ambos os braços, o esforço de segurar tamanho peso fazendo meus músculos tremerem – Agora! – Exclamei sem fôlego. A ninfa passou correndo, tempo o suficiente para que eu tirasse as mãos do fogo e cambaleasse exausto para trás. Não é que as luvas tinham ajudado? Minhas mãos não estavam queimando.

Mas não podia parar por ali. Ainda escurava gritos, estes cada vez mais angustiados e pedindo por socorro. Como tinha encontrado aquela ninfa, supunha também poder achar as demais, por isso dei as costas ao carvalho em chamas e voltei a correr em meio as labaredas. Minha camiseta estava totalmente chamuscada, algumas partes rasgadas, além disso o calor ficava cada vez mais intenso conforme eu avançava. Quando avistei as ninfas – duas, pois estavam abraçadas -, apressei o passo ao saltar galhos que ardiam em chamas – Tenham calma! – Gritei, mas não devia parecer muito heroico estando sujo e maltrapilho daquele jeito. Quando alcancei-as parei ao lado de ambas e coloquei uma mão no ombro de cada – Certo, vou tirar vocês daqui, não se afastem muito. – Elas gesticularam em sinal de entendimento. Comecei o trajeto de volta, contornando caminhos que tinham ficado interditados pelo avanço das labaredas esfomeadas. Na verdade começava a tossir ocasionalmente, a fumaça em meus pulmões mais do que prejudicial, contudo isso não impediu-me de ir em frente. Escutei um grito logo atrás de mim, por isso virei o rosto naquela direção feito um raio. Uma das ninfas tinha tropeçado e ficado rodeada por fogo. Sem pensar muito, ergui a mão em sua direção, percebendo que o simples gesto fez com que as chamas recuassem a meu comando. Ela ficou de pé e correu até nós. Olhei para minha mão – Eu tenho superpoderes? Que legal! – Exclamei animado.

O fato de ter descoberto a capacidade de manipulação das chamas facilitou as coisas, não sendo mais necessário que eu erguesse troncos, invés disso bastava um gesto de mão para direcionar as labaredas para longe de meu grupo. No entanto fazer aquilo era bastante cansativo, consumia muito de minha energia e nisso eu tinha perdido toda a velocidade de antes. Quando finalmente alcançamos a saída da floresta é que me dei ao luxo de parar um minuto. Podia sentir a ardência em minha pele depois de ficar exposto tanto tempo ao calor e meus pulmões trabalhavam com sofreguidão – Vocês estão bem? – Perguntei as ninfas, mas elas já haviam corrido para perto de sua igual, a primeira que resgatei. Não tinha importância, eu havia feito conforme o ordenado, só esperava que Valenttina estivesse indo bem na sua parte do acordo. Campistas começaram a passar correndo por mim, alguns com baldes de água e outros manipulando essa água. Agora eles aparecem? Quase ri da ironia da coisa.  

Poderes passivos:

Armamento utilizado:

Observações:
Progênie de Hefesto
Progênie de Hefesto
Brent Stäel Henckel
Brent Stäel Henckel
Título : Indefinido

Ficha do personagem
PV:
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Mensagem por Valenttina D'Amici Stem Seg Abr 13, 2015 2:12 pm



i see fire
25.08.15 - a reclamação

Caminhar havia se tornado um de meus passatempos preferidos. Caso perguntassem, eu saberia espeficiar vários localidades do Acampamento Meio-sangue, simplesmente porque vinha dedicando muito tempo em explorá-lo. Já estava ciente dos incêndio que vinham ocorrendo, estes em pequena escala, mas ainda assim danosos e o suficiente para deixar Quíron e o Sr. D. com os nervos a flor da pele. Eu estava tão curiosa em descobrir os responsáveis quanto eles, mas não deixava transparecer tal fato, muito menos procurava oferecer auxílio. Alguns campistas passaram conversando entre si ao meu lado, queixando-se do clima quente e seco. O engraçado é que eu não sentia isso, parecia que o calor não me alcançava da mesma maneira que aos outros. Teria pensado mais a respeito, mas de repente passei a ouvir gritos, estes tão agudos que não pude deixar de olhar ao meu redor e procurar sua origem. Os semideuses agora corriam, alguns sem direção e outros decididos a fazer algo. Fiquei sem reação, estagnada ali de pé, tão pálida que poderia ser dada como morta. Então ouvi a voz de Quíron - Valenttina? Você por aqui também? Ótimo! Vá com Henckel, ele irá te explicar a situação. – Henckel? Olhei ao meu redor, percebendo a presença de um rapaz alto e forte ali parado, tão desnorteado quanto eu.

Eu não era muito chegada a companhia de pessoas, por isso retraí os lábios assim que percebi a aproximação do rapaz. Contudo ele parecia simpático, apresentando-se como Brent e indo direto ao que importava. Gesticulei para confirmar chamar-me Valenttina e o deixei falar. Parecia estar havendo um grande incêndio, diferente dos outros que já haviam acontecido, e aqueles gritos pediam por socorro – Então vamos ajudar. – Disse em tom baixo, sinalizando com o queixo para irmos logo até o problema.

Não demoramos a encontrar nosso destino, afinal: onde tem fumaça... Tem fogo. A proximidade a que estávamos da floresta facilitou a rapidez da chegada, e o rastro da fumaça negra que subia nos céus serviu como indicador. Os gritos eram incessantes, deixando-me com a sensação de urgência, mas nenhuma partícula sequer de meu ser queria enfrentar aquelas chamas. Não é que eu tenha algo contra o calor, até o aprecio – principalmente por ser tão raro para mim -, mas não estava pronta para mergulhar em meio a labaredas que lamberiam meu corpo até torná-lo cinzas. Respirei fundo – É melhor nos dividirmos aqui, afinal precisamos atender aos chamados de socorro, mas também impedir os incendiários. De nada vai adiantar apagar esse incêndio e outro começar daqui há poucos minutos. – Declarei, sendo aquela a melhor estratégia que eu conseguia formular em meio ao caos. Brent declarou-se apto a realizar o resgate – Certo, vou encontrar os responsáveis. – Deixei-o se afastar com um aceno. Não é que ele tenha sido rude comigo, na verdade tratava-me muito bem, mas eu ainda ficava mais confortável quando sozinha.

Resolvi não ir direto para o incêndio, como fazia Brent, e sim começar por áreas menos afetadas. Comecei a andar rápido, mas sem correr, pois não queria tropeçar e acabar fazendo cena. Me guiei pela fumaça negra que cortava o céu de sol escaldante. Queria encontrar a pessoa ou a coisa – podendo também ser obra de pessoas ou coisas – responsável pelo incêndio, e a melhor hipótese que me ocorreu era de que cercar a área da devastação iria aumentar minhas chances. Afinal por que ficar na zona de crime? Quem quer que fosse o incendiário estaria procurando se afastar dali.

Continuei a seguir em frente, até que de repente notei algo acima de minha cabeça, um símbolo em formato de floco de neve. Mas estava um calor infernal, segundo diziam! Arqueei as sobrancelhas, sem entender coisas alguma. Aquele era o sinal de meu progenitor divino? Vinha-o aguardando há tampo tempo, desesperançosa até, que percebê-lo ali acima de minha cabeça pareceu surreal – Mas quem é representado por um floco de neve? – Restou a indagação. Antes que eu pudesse pensar mais a respeito, senti uma forte pontada na panturrilha direita – Ai! – Reclamei alto, imediatamente voltando os olhos naquela direção. Havia um pequeno furo ali, de onde o fio de sangue escorria para meu tornozelo. Como aquilo tinha acontecido? Pior, eu começava a me sentir um pouco desnorteada. Escutei um esgar zombeteiro a minha frente, o que fez com que eu erguesse a cabeça e notasse a criaturinha de olhos maliciosos parada ali. O que seria? Era pequena, mas seu ar diabólico deixou-me na defensiva, além de quê portava consigo uma faca de lâmina afiada.

Ergui as mãos a minha frente de maneira defensiva, notando neste gesto que um anel havia surgido em meu dedo anelar. Assim que o fitei, este transformou em uma espécie de círculo feito de bronze celestial – material capaz de destruir monstros. Eu não sabia de onde aquilo tinha vindo, mas estava muito grata, afinal não poderia combater de mãos nuas. A criaturinha a minha frente inclinou a cabeça, o sorriso rasgando seus lábios. Dei um passo cauteloso para o lado, cercando-a pouco a pouco. Mas ela era mais rápida, em um único bote bateu as asas e voou em minha direção. Sua pequena estatura possibilitava ir mais rápido e escolher pontos específicos de meu corpo para atacar, o que era uma péssima notícia. Tentei ficar atenta, lembrando-me das várias simulações de combate pelas quais já havia passado. A criaturinha voou direto contra meu rosto, a faca bem segura em suas mãos. Abaixei a cabeça a fim de esquivar, mas pude sentir a lâmina passar de raspão em meus cabelos. Imediatamente me virei e tentei um golpe com o chackram – como era um círculo, eu tinha usado um lado para desferir o ataque e segurava a outra parte do aro com os dedos fechados.

Meu braço passou direto pelo ar a minha frente, atingindo simplesmente o nada. Contive a frustração, sem querer perder tempo com aquilo e acabar desconcertada. A criaturinha começou a me rodear, rápida e difícil de acompanhar. Na primeira vez que mergulhou foi em direção a minhas pernas, provavelmente querendo ferir a outra panturrilha. Vendo o movimento, tentei chutá-la em vão, novamente errando o alvo, e dessa vez conseguindo um corte raso na perna esquerdo. Havia sido raso só porque eu me movimentei, se tivesse ficado parada o dano seria pior. Novamente o monstrinho começou a me cercar, investindo contra meus braços, ao que tentei impedi-lo ao desferir golpes ao meu redor com o chakram. Não funcionava. Respirei fundo, deixando o ar escapar por minha boca. Nesse instante algo curioso aconteceu. O sopro atingiu em cheio meu adversário, fazendo-o parar surpreso e ficar um pouco mais lento, como se... Algo gelado o tivesse atingido. Aproveitei a oportunidade sem pensar duas vezes, desferindo um golpe tão forte e certeiro que o corte provocado pelo bronze celestial vez a criaturinha explodir em algo semelhante a cinzas.

Não tive tempo de comemorar, o cheiro de fumaça e o calor súbito me alertaram. As minhas costas as árvores próximas começaram a arder em chamas, e dentre as labaredas vinha voando outra criaturinha igual a que eu havia acabado de derrotar – armada da mesma maneira, diga-se de passagem. Virei-me para ela a fim de enfrentá-la, mas tamanha proximidade com as chamas estava despertando meu lado nervoso. Querendo ou não, eu tinha medo delas. O fogo derrete o gelo, não? E era isso que eu parecia ser: puro gelo! Engoli em seco e dei um passo receoso para trás. O monstrinho percebeu meu comportamento e simplesmente sumiu. Assim do nada, perante meus olhos descrentes. Mas eu não tinha tempo para aqueles jogos, precisava fazê-lo aparecer antes que ficasse totalmente rodeada pelas chamas e fosse impossível sair dali. Estava tentando não entrar em pânico.

Não vi o ataque em tempo de detê-lo, mas este atingiu meu braço esquerdo um pouco acima do antebraço, abrindo um vergão em diagonal do qual o sangue rubro respingou imediatamente. Soltei um gemido baixo de frustração e fitei o sangue, seu cheiro enjoativo de sal e ferrugem. A criaturinha surgiu alguns centímetros a minha frente, como se zombasse. Não querendo facilitar, o monstrinho investiu contra mim assim que pareceu-lhe agradável, a cauda voltada em minha direção. Eu não queria enfrentar de novo o sabor daquela picada, principalmente porque ela ainda fazia minha panturrilha arder sutilmente. Sem saber como defender-me, joguei ambas as palmas para frente em um movimento instintivo. Para minha surpresa, um escudo de gelo surgiu de repente. A criaturinha não parou a tempo, batendo direto contra o mesmo e sendo repelida, mas então o gelo se estilhaçou.

Aquilo pareceu enfurecer meu adversário, que investiu novamente e dessa vez com outro tipo de brilho no olhar; vingança, talvez? Recuei um passo vacilante para trás, sentindo cansaço e começando a ser rodeada por fumaça e chamas. A situação não era nada boa. Abaixei o corpo em forma de esquiva, dando dois passos para o lado ao fazê-lo. Consegui fugir do ataque, mas não sem levar outro corte rasante, dessa vez em minha bochecha. Não poderia manter aquele pique de fuga por muito tempo, logo o pânico iria tomar conta de meus reflexos e tudo iria ficar muito mal. A criaturinha sabia disso, claro, por isso não parou de investir contra mim. Consegui bloquear um ataque seu com o chakram ao impô-lo a minha frente, mas meu adversário rapidamente recuou e veio novamente para cima, só que em outra direção.

Como não ia conseguir manter o ritmo defensivo para sempre, tentei retribuir ataque com ataque, afinal eu estava começando a ficar irritada e esse tipo de fúria sempre subia a minha cabeça. Dei um giro para escapar da investida da criaturinha, voltando com o impulso ganho para cima dela de modo a atingi-la com o chakram. O golpe pegou de raspão, mas duas lâminas de gelo surgiram de repente, atingindo meu alvo de ângulos que eu não tinha visado. Era surpreendente aquilo ter acontecido, mas não parei para observar feito abobalhada, invés disso aproveitei o dano provocado e desferi outro golpe em seguida, cravando o chakram no peito do monstrinho. Ele também explodiu em pó. Respirei fundo, meus braços pesando e cada vez mais cansados conforme a adrenalina morria. Olhei ao meu redor a procura de outros oponentes, mas éramos apenas eu e as chamas, e minha iminência em sair dali. Mesmo aos tropeços, comecei a correr na direção que ainda não estava em chamas, seguindo a trilha que julgava ser a correta.

Quando finalmente deixei a vegetação morta para trás é que pude encher os pulmões com ar fresco, embora de baixa umidade. Podia sentir minha pele arder devido a exposição prolongada as chamas tão próximas, assim como o ardor dos cortes deixados pelos monstrinhos, principalmente aquele em meu braço esquerdo. Respirei fundo para me acalmar. Devia haver algo na picada daqueles monstros, pois minha panturrilha doía a cada passo que eu dava. Será que Brent tinha conseguido exercer seu trabalho de salvador da pátria? Sorri pela minha ironia tão rara. Não ouvia mais gritos, então julguei que sim. Fossem aqueles monstros responsáveis ou não pelo incêndio, estavam envolvidos nele, quanto a isso eu tinha certeza. Então podia dar a missão como concluída, afinal, e partir em busca de alguma recuperação para meus ferimentos. Aliás, a quem pertencia o símbolo de floco de neve?

Habilidade de treino:

Armamento utilizado:

Poderes passivos:

Poderes ativos:

Observações:




Progênie de Despina
Progênie de Despina
Valenttina D'Amici Stem
Valenttina D'Amici Stem
Título : Novato
Idade : 25

Ficha do personagem
PV:
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PR:
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Mensagem por Psiquê Seg Abr 13, 2015 9:26 pm

Narração


O fogo causou mais estragos do que aparentava aos que admiravam com terror ao longe. Levou muito tempo para ser controlado, seres da natureza saíram machucados... Outros nem ao menos saíram. Quíron parabenizou pessoalmente aos dois semideuses que tomaram as primeiras medidas, eles oficialmente haviam feito sua primeira missão e adentraram no mundo perigoso de um semideus.

Avaliação


Os dois foram muito bem na missão narrada. Poucos erros e as ações claras. Parabéns! Ambos receberam a mesma recompensa:

~> 400 exp + 50 exp pela mudança de título para "Novato"
~> 250 dracmas
~> +2 de fama glória


Atualizado por Afrodite

M
P
P
Não-Reclamados
Não-Reclamados
Psiquê
Psiquê
Título : Godess

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