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[MPP OP] Blood and Abomination

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Mensagem por Tártaro Ter Ago 18, 2015 1:28 pm

1. Narração


O tempo de estiagem no acampamento só piorava. Os últimos dias tiveram uma neblina tão forte que era estranho tocar o ar, a maioria dos seres que passavam por ela durante a madrugada sentiam como se tocassem um véu, mas o mais interessante era que isso só acontecia de madrugada, quando a noite era mais forte e as trevas dominavam sobre o acampamento.

Jason ficou encantado com a beleza do véu e seu temperamento dócil o deixou curioso, mas aquela era o terceiro dia de nevoeiro e o numero três tem grande relevância no mundo em que viviam. O filho de Afrodite havia chegado ao acampamento a poucos dias, mas já havia sido reclamado, isso devido ao grande ocorrido entre ele e o pai, Augustus, uma briga que resolveu levar a prole do amor até o acampamento, onde a mãe finalmente o reclamara, depois de quinhentos anos, agora tinha um novo caminho e um dilema, retomar as atividades com o pai? Viver como um campista normal renunciando ao seu patrono? Não haviam muitas escolhas.

Ragnar também via o véu do terceiro dia de dentro do seu chalé, se acostumar com a nova vida e com o fato de ser filho de Nêmesis ia demorar, suas noites de sono, assim como as de Jason, eram curtas, ambos estavam em dilema pessoal, Ragnar para aceitar o mundo em que vivia e que entre tantos no acampamento sua mãe parecia se importar com ele. Então a curiosidade o venceu, queria saber por que aquela neblina estava ali, pegou seu casaco acreditando que estava frio e foi surpreendido. No meio da madrugada o clima estava quente como um dia ensolarado, úmido porém quente. Ele se adiantou a voltar o chalé e pegar suas armas.

Jason não ficou atrás, logo viu a saída de um jovem no meio da noite, Ragnar, e pegou seus armamentos, seguindo direto até o garoto, que parecia ter voltado ao seu chalé. Ao primeiro contato com aquela nevoa, o corpo do filho de Afrodite se arrepiou, não entendia o que estava acontecendo, mas o clima estava quente demais pra aquilo ser uma nevoa natural. Agora ele se encontrava no meio daquela "coisa" e não entendia o que estava acontecendo, por um momento desejou a presença do pai, ele sempre sabia o que fazer e sempre lutava como um espartano. O garoto que queria procurar tinha sumido e mesmo se estivesse ali a nevoa que o cercava havia se intensificado e ambos não conseguiriam se encontrar.

Ragnar voltou pra seu chalé, já entendendo que em pleno calor não poderia ter uma nevoa tão intensa, de forma que sua melhor opção foi pegar suas armas e sair do chalé, pronto pra um combate, tinha acabado de ser inserido no mundo imortal, mas já sabia o básico e aquilo sim parecia ser um feito de monstro, mesmo que não tivesse crença, não queria perder a cabeça, literalmente. Porém, já do lado de fora viu  que a situação havia piorado, aquela nevoa tinha se espalhado e já não conseguia encontrar os outros chalés, assustado desceu as escadas e já nem seu próprio chalé era capaz de avistar, mesmo que tivesse a chance de chamar por alguém, tinha leve impressão que ninguém escutaria, estava por sua conta e risco e tinha sede de sangue.

2. Situação


Jason e Ragnar estão enfrentando uma Abominação Atropal. Agora estão envoltos em sua mortalha da morte (Nevoeiro) e não vão conseguir escapar da morte se não trabalhem juntos, o problema é que nenhum consegue ver o outro, Jason acredita que o garoto que viu está em seu chalé e Ragnar acha que está sozinho, ambos não conseguirão matar o Atropal sozinhos e precisam um do outro pra sobreviver, precisam encontrar uma maneira de se descobrirem e se encontrarem pra lutarem juntos ou irão ser engolidos para os lábios da morte. (Pesquisar Bestiário)

3. OFF-Game



  • Comece a narração por qualquer ponto desde que eu comecei a narrar, não narre nada antes disso.
  • 7 dias a partir da minha postagem para a resposta.
  • Armas e poderes em spoiler no final do post. Ativos devem estar separados de passivos.
  • A missão expira em 25/08/2015 (off), caso não tenham postado até a data, será considerada falha.
  • Dúvidas, criticas, sugestões, mande uma MP ou mensagem no Skype (gabrielcintram).
  • Um trecho da missão será narrado sozinho e outro em conjunto, quero que uma missão complemente a outra, ou seja, um termina de narrar em um ponto para que outro finalize a missão.
  • Para o que narrar em segundo, não precisa de uma introdução detalhada, só precisa de uma recapitulação rápida do que lhe aconteceu e narrar da parte média da missão até o final.
  • Extensão de prazo só com uma ótima justificativa e que seja avisado antes, via MP ou Skype.


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Deuses
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Tártaro
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Título : Indefinido

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Mensagem por Ragnar S. Lothbrok Qui Ago 20, 2015 10:38 pm

BLOOD AND ABOMINATION

- Chega!

Não estava mais aguentando de curiosidade, a nevoa preenchia todo o acampamento, e o que mais me intrigava era que só eu parecia se importar com aquilo, meus outros irmãos continuavam a dormir como se nada de "anormal" acontecia do lado de fora. Tendo tomado a atitude de infiltrar-me na névoa peguei minha couraça em forma de casaco com intuito apenas de proteger-me do frio proveniente da névoa.

Quando atravessei o portal da porta a névoa me envolveu de imediato, não senti frio algum, pelo contrário, ela trazia uma sensação diferente. Ela não era uma nevoa de inverno ou algo parecido, a temperatura ambiente se comparava a uma tarde de sol ensolarado. Ainda com os olhos esbugalhados andei um pouco pela névoa não perdendo o chalé de vista, queria ter certeza daquilo que estava sentindo, e quem sabe descobrir o que estava acontecendo. Minutos se passaram e não senti nada diferente de antes, estava começando a me perder a medida que adentrava na névoa o chalé desaparecia por de trás de mim. Não era uma névoa comum.

Com essa certeza girei meu corpo e caminhei de volta para o chalé. Não tinha logica aquele acontecimento, algo de ruim estava para acontecer e eu tinha que estar pronto. Quando voltei ao meu refúgio fui em direção as minhas coisas. Ajeitei minha couraça em forma de casaco sobre o peito e peguei minha espada que jazia ao lado da cama, ainda em sua forma de anel. Com meus dois itens dado por minha mãe caminhei novamente para a saída.

- Não, é melhor não. - Sussurrei olhando para o lado, para meus irmãos.

O pensamento de acordar a todos tomou conta da minha mente, porém lutei contra este desejo. Não sabia o que estava acontecendo de fato fora do acampamento, talvez era só um fenômeno que era comum ali, mas como novato, não conhecia. Não havia mais nada que me prendia dentro do chalé, uma nova aventura me esperava por de trás da porta de madeira em minha frente.

"Proteja-me mãe." Pedi antes de mergulhar na "escuridão".

[...]

Uma vez dentro dela a saída era impossível. Havia alguns minutos que estava dentro daquela névoa, e não conseguia encontrar nada, minha visão estava turva, mal conseguia ver o caminho a minha frente, estava totalmente perdido. Porém algo mudara de minutos antes para agora, de dentro da névoa conseguia sentir uma presença, uma presença que não se comparava a nada que já tinha visto. Uma aura ia ao meu encontro puxando-me para o centro da névoa, meu corpo lutava contra esse sentimento, mas minha mente lutava por segui-la. A aura que sentia no centro do acampamento era o núcleo de tudo aquilo que jazia minha volta, ao chegar nele encontraria a explicação para o que estava acontecendo. Mas eu realmente queria descobrir?

"O que eu faço?"

Era um tolo por não perceber antes. Estava em meu "território", a névoa podia tirar minha visão mas com isso sentidos aguçaram-se. Não entendia muito bem esse poder divino que me era atribuído, só que caíra perfeitamente naquele momento. Para um entendimento melhor fechei meus olhos e deixei com que tal poder se "ativasse" por completo. Com esse simples ato senti e ouvi tudo a minha volta. Sim, com a "perda" da minha visão, meus outros sentidos aguçaram-se. Ouvia barulhos que segundos atrás desconhecia, em contato com o solo abaixo de mim conseguia sentir vibração vindo mais a diante, porém um cheiro forte se destacava de todos os outros sentidos. Esse cheiro forte vinha do centro. Me foquei naquela direção e em nenhuma mais, com os sentidos apurados consegui escutar uma respiração pesada, essa presença se movia lentamente.

- O que é isso? - Sussurrei.

Perdi o meu foco quando o som de passos apressados penetraram o meu ouvido. Girei meu corpo para o lado e foquei na direção dessa nova presença. Agachei-me tocando de leve o solo e senti vibrações, essa vibrações possuíam padrão, uma padrão de passos. Uma esperança acendera dentro de mim, talvez eu não era o único que se aventurara em meio a névoa. Levantei-me rapidamente quando senti essa vibração se afastar, ela estava indo em direção ao centro.

Corri na direção desses sons. Eu tinha que alcança-lo antes que a outra coisa o pegasse. Eu não sabia o que estávamos enfrentando, mas não era nada bom, disso eu tinha certeza. Aumentei minha velocidade e os metros que me separava da outra pessoa aos poucos ia sumindo. Vi uma perturbação na névoa, a névoa rodeava um corpo buscando preencher o espaço que este ocupava. Sorri ao finalmente encontra-lo, ter a certeza de um outro alguém era confortante.

- Ei! - Sussurrei indo em sua direção. Me preocupei com o tom de minha voz, mas também em não assusta-lo. - Eu pensei que estava sozinho aqui, graças a Nêmesis que não. - Completei ao chegar ao seu lado. - Você já conseguiu sentir? Digo, a aura que vem do centro? - Perguntei-o. - Não é nada com que eu já tenha visto ou sentido, a medida com que avançava para o centro essa névoa ficava mais densa e mais pesada.

Conseguia sentir a vibração de suas palavras e junto a elas o medo. Diferente de mim, ele não tinha o apoio dos poderes de uma Deusa da Justiça, ele estava enfrentando o perigo as cegas. Pousei minha mão sobre seu ombro passando tranquilidade. Eu precisava de sua ajuda assim como ele precisava da minha. Mas para que isso desse certo, ambos teriam que se ajudar.

- Eu não tenho a mínima ideia do que enfrentamos, só sei que é algo grande. Consigo sentir seu poder a essa distância, e pelo som de sua respiração pesada, posso sentir que essa coisa ainda está distante. Não se preocupe a justiça está ao nosso lado, conseguiremos sair dessa ilesos, mas para isso teremos que nos ajudar. De acordo? - Propus. Queria sua ajuda, afinal algo grandioso nos esperava e juntos havia uma maior porcentagem de sucesso.

Não só com medo, ele também estava relutante. Percebi sua luta interior quando ele aceitou minhas mãos sobre seu ombro, mas com sabedoria ele vencera aquela primeira "luta", mas a luta de verdade estava para acontecer. Filho de Afrodite? Explicado o porquê de sua beleza que mesmo rodeado pela névoa conseguia se destacar. Eu ri com sua pergunta após a sua apresentação, é claro que eu sabia a localização.

- Prazer, Ragnar. - identifiquei-me. - Fique por perto, se quiser mantenha contato para não se perder, e se prepare para o pior filho de Afrodite, legado de Ares.

Me divertia com aquele rapaz, ele era tímido, mas um tímido guerreiro. Apesar de sua personalidade ele estava ali junto comigo e não deitado em sua cama como os outros. Ele se destacava dos demais e isso me fazia querer saber mais sobre este. Senti o toque do outro sobre meu ombro, percebi também seu rosto corado seguido por um sorriso.

- Consegue sorrir mesmo na situação em que estamos? Interessante. - Brinquei levando minha mão a mão do outro que jazia sobre meu ombro pousando-a sobre a dele.

Justiça. Era a fonte do meu poder e a ligação mais forte entre mim e minha mãe. Queria trazer justiça para o mundo assim como ela, e o meu primeiro desafiante estava à minha espera. Senti o poder e a busca de justiça aumentar gradativamente com minha concentração, eu queria encontrar a criatura que estava trazendo discórdia ao acampamento com sua névoa, derrotar o monstro traria justiça ao nome do acampamento e ao nome de Nêmesis. Com essa forte ligação a localização do outro viera de imediato, ele estava a 500 metros de distância a nossa direita.

Olhei para Jason após alguns segundos e assenti com a cabeça passando a ele a informação que a localização do outro fora encontrada. Respirei fundo seguindo para dentro da névoa. Juntos.

[...]

A névoa ficava mais densa a medida que avançávamos, sentia Jason se aninha mais ao meu lado com medo de se perder. Ainda com minha mão sobre a dele a segurei firme, nossa separação podia acarretar na derrota e na morte de ambos. Minha visibilidade a diante se extinguia, mas meus sentidos aguçavam-se. O meu olfato fora o mais “prejudicado” com esse aumento, pois o cheiro do animal estava forte demais. Sentia um forte de algo semelhado a carne morta. EU não sabia muito bem o que estava sentindo. De repente tudo ficou quieto, quieto demais.

- Jason! Ele nos viu. – Sussurrei apertando mais ainda a sua mão.

Senti a névoa a nossa volta agitar-se. A respiração pesada que outrora ouvira desapareceu. O ataque estava próximo. Recuei quando uma voz gritou de dentro da névoa. Era uma voz sombria, carregada por ódio e sede de sangue. Senti meu corpo recuar alguns passos, independente de quem gritara, ele mostrara para o que viera. Matar.

Um equilíbrio tinha que ser criado. Dois contra um ainda não parecia justo quando se lutava contra aquilo que ainda nem vira seu rosto. Invocando a justiça em campo um clone idêntico a mim se materializou ao nosso lado. Três contra um. Ainda era “injusto”.

- Vamos ver do que nosso oponente é capaz... – Sussurrei acenando para o clone que partira para dentro da névoa com sua espada.

Não consegui ver o que aconteceu adiante, mas o som não me alegrara. Senti o vento ser cortado pela espada que o clone do equilibro carregava. O barulho a seguir me fizera estremecer. Ouvi rapidamente o choque de carne contra carne seguido por um grito. Um grito vindo do clone. Seu corpo fora arremessado de onde saíra vindo ao nosso encontro. Ele reapareceu a nossa frente arrastado com sua espada em mãos. Mesmo sendo uma cópia ele sofria com o golpe recebido, o local acertado estava “morto”. O clone sofria de agonia enquanto o triunfante gritava de poder. Sua voz estava mais pesada carregada com mais poder e sede, ele queria mais.

O clone se apoiou na espada e ergueu-se com dificuldade. Voltando a sua posição de ataque. Mas não fora ele quem atacara desta vez. Deixei com que o poder fluísse pelo meu corpo e deixei com que minhas asas "despertassem", sua coloração de imediato estava vermelha.

- Maldito! – Gritei batendo as asas voando na direção do monstro.

Penetrei a névoa a minha frente indo ao encontro do outro que estava parado. Em uma grande velocidade fui em sua direção com a espada já em mãos realizando um corte na horizontal, tentando acertar sua barriga ao passar por ele. Não senti o contato contra sua pele, o monstro conseguira desviar. Cessei o movimento de minhas asas e me virei para encara-lo novamente. E de imediato me arrependi. Sua aparência fazia jus ao seu poder, grotesco. Ele não tinha pele alguma, isso sem falar da sua enorme boca aberta com uma língua longa e fina pendida para fora.

Por de trás dele apareceu meu clone acompanhado por Jason.  O clone fora o primeiro a movimentar correndo contra o monstro brandindo a espada em um ataque vertical de cima para baixo tentando separa-lo. Bati minhas asas em conjunto e voei para cima do monstro realizando outro corte na horizontal. O ataque do clone fora interceptado, o monstro segurara a espada de metal que fora contra ele e com sua força jogou o clone para cima de mim, no exato momento em que realizei meu corte. Senti minha espada atravessar a barriga do meu próprio clone desfazendo-o.

Ainda pasmo com os movimentos do outro não me movi quando ele veio em minha direção com outro ataque, mas por sorte Jason agiu. Vi seu chicote atravessar a névoa e se enrolar no braço que estava em minha direção. O grito de dor por parte do outro fora ouvido pela primeira vez, o braço queimou em contato com o chicote. O monstro segurou o chicote “ignorando” a dor e recolheu o chicote para si puxando-o trazendo Jason com este. Aproveitei aquela distração e bati minhas asas voando em sua direção cortando-lhe na costa, o golpe desceu na diagonal de cima para baixo, abrindo um ferimento do ombro até a cintura.  

O monstro cujo seu nome desconheço gritou de dor, mas ao mesmo tempo de raiva. O ataque a seguir pegara tanto eu como Jason de surpresa. Uma explosão se originou a partir do monstro. Senti a força da explosão aumentar a cada segundo que se espalhava. Quando essa força me alcançou se espalhou por todo o meu corpo causando dor a cada nova área acertada. A explosão arremessou todos que estavam a sua volta a metros de distância.

Quando encontrei o chão não encontrei força para me levantar e muito menos gritar para ver se Jason estava bem. Queria poder ver mais uma vez o sorriso tímido em seu rosto.

Levantei meu rosto para cima na esperança de ver Jason ao ouvir passos em minha direção. Fitei um rosto sem pele em pura carne. O monstro carregava uma expressão indecifrável, não sabia se ele estava sentindo dor ou ódio. Ele me fitou e levou sua mão em minha direção. Minhas forças não retornaram ao meu corpo e pude apenas ver sua mão se aproximar. Senti minha pele se contorcer, sua mão não chegou a se encontrar com a minha, porém meu corpo já sentia o sabor daquele poder.

- Argh.

Gritei de dor quando meu ombro fora envolvido por sua mão. A dor despertara a força que me fugira. Minha espada acumulou um poder divino que desconheci sua origem, num ato justiceiro levantei-a perfurando a barriga do monstro, que se juntou ao meu grito. Um som se juntou ao nosso porém era diferente. Uma voz doce e musical do filho de Afrodite penetrou nossos ouvidos. Porém o efeito nos dois ouvintes fora diferente. Aquela voz me acalmou mesmo com a dor que sentia na região do ombro. O monstro por outro lado entrou em um estado de hipnose ficando estático.

O corpo paralisado a minha frente despertara minha irracionalidade, estava na hora de ter minha vingança pelas dores que este me causara. Meu corpo respondeu a essa irracionalidade com um acréscimo de poder. Desci minha espada em sua direção acertando-lhe na altura do peito. Não era o suficiente, queria mais. Golpeei sua perna com minha espada tirando de suas cordas vocais um grito de dor. Um grito forte o suficiente que fora suficiente para quebrar o encanto de Jason.

O monstro mais uma vez me envolvera com uma de suas mãos, e meu corpo como da outra vez se contorceu. Sua mão fora contra minha barriga e senti o seu poder necrotizante ativar, meus joelhos cederam quando eu gritei de dor. Não conseguia descrever a dor que sentia naquele momento, só conseguia gritar. Minha espada escapou por entre meus dedos quando não consegui mais reunir forças para segura-la.

- É por essa justiça que você tanto lutou mãe? – Perguntei olhando para o céu.

O monstro reagiu a um toque. Um toque vindo de Jason. Eu não entendi muito bem o que acontecera, só vi o corpo do monstro paralisar de repente. Antes disso uma nova explosão fora direcionada, mas desta vez somente na direção de Jason. Talvez o monstro não conseguira reunir forças necessárias para reproduzir a mesma explosão minutos atrás. Porém a explosão fora suficiente para arremessar Jason para longe. Deixando-me sozinho com o monstro, que por sua vez jazia paralisado.

- E agora? Está fraco demais para finalizar-me? – Provoquei. O grito de dor de Jason invadiu-me proporcionando-me um ultimo ataque de misericórdia. Meus olhos fuzilaram o monstro causador de tal dor.

- A justiça falha, mas não tarda. – Profetizei levantando-me com os últimos resquícios de força com a espada já em mãos. – Esse é por você Jason. – Sussurrei segurando minha espada com as duas mãos em um ato de justiça enfiando-a no peito do monstro. A espada perfurou a carne atravessando-olhe. E pela última vez o monstro gritou de dor antes de explodir.

- Conseguimos... – Disse com um sorriso torto no rosto antes de tombar para trás.

Demorei até encontrar o chão. Consegui pelo único olho aberto a névoa desaparecer aos poucos. Ao longe vi Jason correndo em minha direção. O som de sua voz proferindo meu nome viera logo em seguida, ele estava desesperado. "Sorria..." Tentei falar, porém a força para o ato não viera. Encontrei o chão e senti o poder do monstro agir sobre meu corpo. Eu não sentia parte do meu corpo, o que era "bom", pois não estava sentindo dor. Ainda consciente senti a aproximação de Jason. Tentei sorrir para ele, queria passar tranquilidade e dizer que estava tudo bem, mas não estava. Eu queria abrir meus olhos e ver o seu rosto, uma última vez. A escuridão encobriu-me. Estava entregando-me a tal quando senti algo contra meus lábios, eu não consegui decifrar no primeiro momento o que era, só queria mais. Quando as forças deixaram o meu corpo apaguei com um sorriso no rosto após o "beijo".  

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Progênie de Nêmesis
Progênie de Nêmesis
Ragnar S. Lothbrok
Ragnar S. Lothbrok
Título : Indefinido
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Mensagem por Jason Owen McKnight Qui Ago 20, 2015 10:38 pm

And The Cats In The Cradle
Eu não sabia o que sentir. Eu sempre soube que minha mãe era a deusa do amor, claro, mas eu nunca tinha parado para pensar que ela simplesmente nunca havia me reclamado. Quando eu via os outros campistas com o símbolo dos seus pais na cabeça, eu ficava feliz por eles finalmente saberem quem eram seus progenitores divinos, mas algo sempre estava errado, como um sussurro me perguntando por que eu nunca havia sido reclamado.

Agora que o símbolo brilhara sobre minha cabeça, uma pomba em tons rosados incrivelmente bela, eu ficava me perguntando por que só agora. Será que tinha algo haver com meu pai? Nossa última briga havia sido muito feia. Ambos saímos feridos... pelo menos acho que consegui ferir ele. Depois disso eu decidi ficar no acampamento por tempo indeterminado – mesmo que meu pai fosse um constante visitante –, era muito melhor para mim.

Sem conseguir dormir, com todos esses pensamentos na minha cabeça, decidi dar uma volta. Não me importava se era ou não proibido, eu só precisava esfriar a cabeça. E aqui estava eu agora. Um garoto de 517 anos recém reclamado pela mãe que sempre soube de sua existência, sozinho em uma noite enevoada no único lugar em que eu me sentia bem nesse momento. O sereno da noite me ajudava com tudo isso.

Em meio à beleza da névoa pálida e brilhante, refletindo a luz da lua, consigo, ao longe, identificar uma figura. Um garoto. Ele estava saindo armado a uma hora dessas... algo deveria estar errado. Levei minha mão até meu anel, era minha arma. Eu iria segui-lo, só não parei pra pensar que eu poderia me perder no meio da névoa...

[...]


Ouço algo próximo de mim. Uma voz. Um sussurro. Tento localizar a pessoa que me chama, mas é difícil no meio da névoa. Não parece alguém que eu conheço, não lembro dessa voz, então ele aparece: o mesmo garoto que eu havia seguido. - Nêmesis? - Pergunto desconfiado, não conhecia muitos deles, mas sabia que eles eram... temidos pelos outros. Engulo em seco, não sabendo o que responder. - Isso é algo de vocês. Filhos de Nêmesis conseguem sentir a aura dos outros... Vocês não têm uma, isso ajuda. Não quero ir mais adiante. Pelo menos não sozinho...

É quase automático. Eu quase movo meu ombro para trás na defensiva, tentando fazer com que ele não encoste em mim, mas me controlo. Ele aperta levemente meu ombro, suas expressões parecem confiantes, ele não parece querer me machucar, então concordo e, afinal, ele era bonitinho... - Certo... eh... Qual seu nome? Sou Jason, filho de Afrodite, legado de Ares. Você sabe onde ele está?

O loiro estava rindo? Eu deveria parecer um idiota. Ninguém dava muito crédito aos filhos de Afrodite. Acho que é por isso que meu pai sempre quis que eu fosse um Guerreiro como ele. - Ragnar? Certo. Muito prazer. - Tento sorrir, demonstrando confiança e respiro fundo, mas tudo isso se esvai quando ele sugere aquilo. Sinto minhas bochechas corarem e um sorrisinho tímido aparecer. - Tu...tudo bem. - Assim, repouso minha mão sobre seu ombro, com o chicote na mão livre, pronto para avançar.

Coro um pouco. Será que ele acha que eu estou zoando com ele por estar sorrindo em uma situação assim? Espero que não, porque ele pode muito bem se vingar encravando sua espada em minha barriga. - NÃO! Eu só to tentando não ter medo. - Sua mão sobre a minha é reconfortante. De um jeito que eu sempre quis que meu pai fizesse. Engulo em seco. - Vamos...

[...]


A essa altura, meu anel já se transformara em um chicote. Claro que eu não estava tão confiante, mas Ragnar parecia muito calmo, e eu queria que ele achasse que eu também era forte, afinal, eu era um Guerreiro, mesmo que estivesse temporariamente desligado deles. Andava com Ragnar ao meu lado, com minha mão apoiada em seu ombro para que eu não me perdesse. Comecei a sentir um cheiro ruim e o loiro me avisa sobre termos sido vistos.

Ele cria um clone de si, algo que é um pouco constrangedor, já que para isso, eu tinha me soltado dele, e agora não sabia qual era qual. Quase tive um ataque quando um deles partiu para a névoa e foi jogado de volta, mas deixei a preocupação de lado. Era a cópia, Ragnar parecia não ser tão louco assim. Por sua vez, ele abriu suas asas e partiu para o ataque. Sem um plano, sem ordem. Ele queria morrer, certo? Corri para dentro da neblina, com o chicote pronto para ser usado. Ouvi a sua lâmina cortando o ar, mas nada além disso. Engoli em seco, movimentando meu braço em uma espiral, lançando-o chicote para trás enquanto a cópia de Ragnar atacava.

Quando desferi meu ataque, o filho de Nêmesis estava prestes a ser atacado, no momento exato, consegui fazer o chicote se prender e estalar no braço da bizarra criatura sem pele, fazendo-a grunhir em dor. Infelizmente, ele era mais forte que eu e me puxa, me jogando do lado oposto. Tenho sorte e caio de pé, mas quando ataco-o novamente, sou surpreendido por uma explosão de seu veneno, que penetra principalmente no meu braço que o ataca com o chicote, mas parte do meu rosto também. Solto a arma, com uma dor excruciante, como se estivesse queimando minha pele.

Afasto-me com o poder da explosão, batendo as costas com força no chão. Fico meio tonto, junto da dor, mas logo me levanto, vendo o monstro atacar Ragnar. O ato me desconcertou momentaneamente, então pensei na primeira música que me veio à cabeça: Cats in the Cradle, do Ugly Kid Joe. Não era exatamente uma música bonita, mas era uma das minhas favoritas, e o efeito parecia ser o certo. Consegui paralisar o monstro antes de ele continuar com o ataque. A música era longa, então eu tinha tempo para ajudar Ragnar e atacar o monstro, mas o loiro alado se adiantou, atacando-o e o fazendo gritar. Isso tirou minha concentração, uma vez que o grito era estridente e machucava demais meus ouvidos.

Novamente, o loiro tinha problemas, e dessa vez eu ajudaria. Corri para a besta que nos atormentava e a toquei com um pouco de magia, fazendo-a paralisar e então ataquei, fazendo o chicote estalar na região geral de sua nuca, mas ele se vira, esporando seu veneno em mim novamente, e não consigo me defender.

[...]


Eu estava ofegante, não era fácil prender uma criatura como aquela era incrivelmente complicado, ainda mais com um chicote. Eu meio que pirei quando vi o Atropal cravar sua garra/unha em Ragnar. Ele perfurou sua pele profundamente, e isso me causou uma terrível aflição. Não queria imaginar a dor que era sentir aquilo, ainda mais que aquele monstro parecia ser feito de veneno puro.

Com o seu golpe final, Ragnar derrota o monstro, que se desfaz em poeira. Eu grito seu nome, vendo-o caído no chão. A névoa tóxica do monstro começa a se dissipar e consigo enxergar melhor agora. Corro para o loiro, que está com os olhos fechados. Preciso ajuda-lo, mas não sei como. Minha respiração está descompensada, não sei o que fazer. Aliás, sei sim o que fazer... mas será que deveria? Provavelmente não, mas a vida de Ragnar dependia disso.

Engulo em seco, sem saber se aquilo funcionaria, mas era minha melhor chance. Respiro fundo e aproximo meu rosto do seu, fechando os olhos e selando nossos lábios. Ele é quente, um pouco molhado de suor, mas é bom. Apesar do salgado do suor, seus lábios são doces. Exploro sua boca, tentando transmitir parte da minha vitalidade para ele. O Beijo do Vampiro, chamavam. Capaz de curar ou ferir.

Separo nossas bocas, esperando que isso ajude. Sinceramente, não posso dizer se ajudou ou não, ele continua parado, beirando a inconsciência. Suspiro, levantando-o e passando meu braço por suas costas e o guio para a enfermaria, correndo para acordar algum curandeiro e Quíron, para explicar o que aconteceu.
YsoseriousM

Adendos:
Progênie de Afrodite
Progênie de Afrodite
Jason Owen McKnight
Jason Owen McKnight
Título : Novato

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Mensagem por Tártaro Sáb Ago 22, 2015 1:19 pm

1.Considerações e Avaliação


Ragnar: Meus parabéns, você sabe como misturar ação e romantismo. Sério, o desfecho da sua MPP ficou lindo, primeiro aquela frase de efeito e depois a morte do inimigo e um beijo romântico no final, nada mais perfeito. Gostei da sua luta, como descreveu e meu deus, a sincronia em planejar as coisa com o Jason ficaram impecáveis, não tem muito o que dizer de ruim, ficou bem escrito e desenvolvido, além de uns pequenos erros de coerência,você foi muito criativo e dinâmico, teve uma introdução longa mas desenvolveu o resto ainda mais, como um texto geral a frase "muita introdução" nem de longe se aplica.

Você está pronto garoto, que a morte não trilhe seu caminho.

Jason: Meus parabéns filho, literalmente rs. Você desenvolveu muito bem e de o suporte necessário ao seu parceiro, vocês juntos fizeram uma ótima dupla. Para você  e pra ele não tenho muito do que reclamar, só que você escreveu razoavelmente menos do que o Ragnar, mas já era de se esperar, o único problema é que nem você nem ele seguiram minha instrução de começar em um e terminar o outro, vocês dois narraram o ponto de vista um do outro do começo ao fim e vou ter que descontar pontos por isso, de resto ficou perfeito, bem escrito, envolvente e agradável, só senti um pouco de emoção no beijo, mas não posso falar muito de algo que vocês acrescentaram por conta e ficou bem legal.

Muito bem semideus, que a morte o acompanhe como aliada e que demore a lhe trazer para o submundo, sorte em sua jornada.


2. Pontuação



As recompensas possíveis são:
• Quatrocentos pontos de experiência (400 EXP);
• Duzentos e cinquenta dracmas (250 dracmas);
• Alteração de título de Indefinido para Novato, com a bonificação de cinquenta pontos de experiência (50 EXP)
• Pontos de Fama: +2


Ragnar, suas recompensas foram:

• Quatrocentos pontos de experiência (340 EXP); descontos por narrar de forma diferente do instruído.
• Duzentos e cinquenta dracmas (240 dracmas);
• Alteração de título de Indefinido para Novato, com a bonificação de cinquenta pontos de experiência (50 EXP)
• Pontos de Fama: +2

Total: Ganho igual a 390 XP.


Jason, suas recompensas foram:

• Quatrocentos pontos de experiência (340 EXP); desconto por narrar diferente do instruído.
• Duzentos e cinquenta dracmas (240 dracmas);
• Alteração de título de Indefinido para Novato, com a bonificação de cinquenta pontos de experiência (50 EXP)
• Pontos de Fama: +2

Total: Ganho igual a 390 XP.


Estão agora livres para postarem onde bem entenderem, levando em conta a lógica simples de que não se pode estar em dois lugares ao mesmo tempo, com exceção de eventos e RP's atemporais.

A
v
a
l
i
a
ç
ã
o
Deuses
Deuses
Tártaro
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Título : Indefinido

Ficha do personagem
PV:
[MPP OP] Blood and Abomination Left_bar_bleue9999999/9999999[MPP OP] Blood and Abomination Empty_bar_bleue  (9999999/9999999)
PM:
[MPP OP] Blood and Abomination Left_bar_bleue9999999/9999999[MPP OP] Blood and Abomination Empty_bar_bleue  (9999999/9999999)
PR:
[MPP OP] Blood and Abomination Left_bar_bleue99999990/9999999[MPP OP] Blood and Abomination Empty_bar_bleue  (99999990/9999999)

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