[RP FECHADA] The wine and the skull. (19/08/2015)

em diferente do que costumava fazer, lá estava a garota cantarolando algo pelo anfiteatro. Já estava ali fazia algum tempo, talvez cerca de uma hora, sem qualquer outra coisa para se fazer. Movia o corpo descontraidamente diante o ritmo animado que tinha em sua mente. — TÃ TÃNÃ TÃTÃ – Então, quando menos se esperada lá estava a filha de Dionísio em mais uma de suas performances, a melhor guitarrista do acampamento, executando um solo complexo com seu instrumento imaginário. — ALL I WANNA HEAR YOU SAY IS ARE YOU MINE? – já não cantarolava, e sim jogava as palavras aos ventos com o máximo de força que conseguia, até que todo o ar presente nos pulmões se dissipasse num passe de mágica.

— Obrigado, senhoras e senhores – os dedos das mãos encontravam-se na típica posição que se via em concertos de rock, e não demorou muito até que ela fizesse uma falsa reverência rumo ao nada, antes que se sentasse no palco, de modo a balançar as pernas despretensiosamente. Não demorou muito para que logo estivesse rindo da sua própria brincadeira, uma vez que se encontrava num estado de infantilidade que assustou até mesmo a si própria. Talvez sua sorte se desse ao fato do local sempre estar vazio, muitas vezes devido a vida corrida que os semideuses tinham naquele acampamento.

Não demorou muito até que estivesse totalmente imersa em seus próprios pensamentos, tornando-se alheia a qualquer coisa que pudesse acontecer por aí. Não era totalmente sua culpa a grande propensão que tinha a se desligar completamente da realidade e se prender naquela bolha infantil e perfeita que só existia em seu mundo próprio. O mundo que criou para si, longe de qualquer coisa ruim, ou qualquer interferência de terceiros. — Hm? – emitiu tal som nasal ao ser retirada de sua bolha do modo mais abrupto possível, ao ouvir uma tosse vinda ao longe. Por quanto tempo alguém estava ali? Sentiu o rosto esquentar apenas de pensar que o que quer que fosse acabou por assistir todo seu showzinho particular. — Oi? Tem alguém aí? – ameaçou se levantar e andar até o local de onde vinha o barulho, porém apenas franziu os lábios e o cenho, esperando por qualquer resposta.